EUA abrem menos vagas de trabalho do que o esperado

O Payroll divulgado nesta sexta-feira mostrou que os EUA criaram menos vagas de emprego do que o esperado em agosto: 142 mil vagas, contra a expectativa de 165 mil. Para piorar, os números dos meses anteriores também foram revisados para baixo: junho foi reduzido de 179 mil para 118 mil; julho caiu de 114 mil para 89 mil.

Lembrando que o Payroll é um relatório mensal divulgado na primeira sexta-feira do mês pelo Departamento de Trabalho dos EUA, que informa a quantidade de empregos criados ou perdidos no setor não agrícola americano. Importante destacar que ele não inclui o setor agrícola.

Os resultados de agosto mostram uma desaceleração acentuada e uma criação de vagas muito menor em relação às expectativas do mercado. Mesmo com a menor criação de vagas, a taxa de desemprego caiu de 4,3% para 4,2%, explicada pela recuperação de postos de trabalho temporários.

Já os salários subiram 0,4% no mês, acima das expectativas, indicando que ainda há pressão sobre os salários, mesmo com a desaceleração na criação de vagas.

Esse movimento deve impactar tanto o mercado financeiro americano quanto o brasileiro, com a expectativa de que, finalmente, o Federal Reserve (o banco central dos EUA) adote reduções mais agressivas em sua taxa básica. As novas expectativas indicam cortes de até 0,50% nas próximas reuniões, com a possibilidade de que, já em meados de 2025, a taxa de juros americana se aproxime dos 3% (contra os 5,5% atuais).

Vale ressaltar: reduções nas taxas de juros dos EUA tendem a atrair capital para o Brasil, aliviando a pressão sobre o real e impactando o preço das commodities.

MELVER Educação Raony Bourscheidt Rossetti

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