Evolução Histórica do Conceito Qualidade

O conceito da qualidade até chegar ao ponto que está hoje teve que sofrer algumas adequações, as mudanças foram devido ao aumento das necessidades na produção e controle dentro das organizações. As fases pela qual a evolução da qualidade teve que passar foram a era da inspeção, era do controle estatístico e era da qualidade total.

Oliveira et al. (2004, p. 4) “Na era da inspeção, o produto era verificado(inspecionado) pelo produtor e pelo cliente, o que ocorreu pouco antes da Revolução Industrial, período em que atingiu seu auge.”

Nesta época a flexibilidade do produtor fornecia benefícios, devido a produção ser em baixa escala ela era minuciosa. Havia troca de informações entre cliente e produtor, assim facilitando a satisfação.

Com a intenção de aumentar a produvidade o perfil da era da inspeção foi sendo deixada de lado e as organizações foram adotando a era do controle estatístico.

Segundo Oliveira et al. (2004, p. 4) “Na era seguinte (controle estatístico), o controle da inspeção foi aprimorado por meio da utilização de técnicas estatísticas. Em função do crescimento da demanda mundial dos produtos manufaturados , inviabilizou-se a execução da inspeção produto a produto manufaturados[…].”

Devido organizações começarem a produzir em longa escala o controle de qualidade se tornou mais complexo de se controlar, em época não havia condições de se realizar um controle por produto, sendo assim feito por amostragem. Ainda o inicio do século XX as empresas passavam por um momento difícil para atendimento das expectativas do cliente.

Conforme Martins e Cerqueira (1996, p. 3):

No inicio do século XX havia mais procura do que oferta. Naquela época tudo o que se produzia era vendido. A filosofia dos fornecedores era: quer leva, não quer deixa que o outro compre.

Os fornecedores não se preocupavam com a conformidade e adequação do que produziam. Os consumidores eram inspetores da qualidade e só eles verificavam aquilo que não servia.

Com o aumento da concorrência, entretanto, os consumidores ficaram mais exigentes, obrigando os fornecedores a assegurar que somente produtos adequados seriam liberados para o mercado. Para isto, os fornecedores contrataram um inspetor chefe que ficou encarregado de separar o produto conforme e não conforme.

O conceito da qualidade dentro das organizações tiveram de sofrer adequações, assim necessitando ouvir as necessidades dos clientes e aperfeiçoando os produtos.

 Para Carpinetti, Miguel e Gerolamo (2011, p. 6) “Qualidade então passou a ser conceituada como satisfação do cliente quanto a adequação do produto ao uso.”

Ao termino da era do controle estatístico se pode notar necessidades de modificações, com isso as organizações começaram a adotar características de uma nova era, qual se encontra hoje nas organizações.

Conforme Martins e Cerqueira (1996, p. 3), “Na era da qualidade total, na qual se enquadra o período em que vivemos, a ênfase para o cliente, tornando-se centro das atenções das organizações que dirigem seus esforços para satisfazer ás suas expectativas.”

As organizações colocaram seus clientes “em foco” desenvolvendo ferramentas para assim realizar analise de seus produtos e serviços, firmaram compromissos a eles e buscaram o atendimento das expectativas para a satisfação.

Para Lucinda (2010, p. 1)

Qualidade é aquilo que me satisfaz;

Está relacionado a um preço justo;

Está relacionada a um produto que funciona corretamente;

Está relacionada a um serviço prestado de forma a superar as expectativas de quem dele faz uso.

Qualidade ainda vem evoluindo o conceito elevando o grau de criticidade de processos na empresa, além de serem levados para fora das organizações, na própria casa dos funcionários ou do cliente que adquire o produto.

Conforme Reis e Mañas (1994, p. 52) “Qualidade não é só um produto ou serviço que adquirimos e usamos em casa; qualidade é, também, a forma estamos perante a vida, como nos comportamos individual, social e profissionalmente.”

A qualidade conquistou o agrado e virou elemento necessário na vida das pessoas, tanto organizacional como pessoal.