A Exp Realty chegou ao Brasil
Hoje, é o lançamento oficial da Exp Realty no Brasil e muito corretores já vieram me perguntar o que eu penso, aparentemente isso gera alguma curiosidade, então resolvi externar aqui minha opinião.
Desde 1906, quando a Coldwell Banker apresentou ao mercado o seu modelo inovador em que um corretor fazia negócios apenas para terceiros, intermediando as partes e sendo comissionado para isso, as dinâmicas entre corretores e imobiliárias praticamente se mantiveram até 1973, foi quando Dave Liniger da RE/MAX criou o seu modelo, o corretor poderia chegar em 100% de comissão, o primeiro grande impacto nessa dinâmica.
Depois, na década de 80, foi a vez de Gary Keller com a Keller Williams trazer um novo modelo onde o corretor, a partir de uma rede multinível, poderia exponenciar os seus ganhos através de novos corretores que ele mesmo trazia e acompanhava no ambiente da KW, aumentando assim a retenção do profissional pela rede e resolvendo uma dor de todo agente imobiliário, parar de trabalhar e não ter mais nenhuma receita, o modelo prometia uma espécie de distribuição de resultados.
Agora, a Exp Realty chega por aqui com um modelo que possui um pouco de cada um, não é inovação, é uma história evolucionista aplicada em contextos e épocas de mercado diferentes, mas que continuam tendo como foco o desgastado modelo existente observado na relação imobiliária e corretor. Eu particularmente acho que essa relação, apesar de controversa não é, nem de longe, o principal gargalo no mercado brasileiro, mas é a estratégia que todas essas empresas, cada uma em seu tempo, encontrou para crescer mais rapidamente. O jogo de se criar uma rede imobiliária e crescer é atrair corretores, então, elas sempre vão adotar um discurso que seja a solução de uma relação desgastada e que, adaptadas a novos contextos, acabam escrevendo um novo parágrafo nessa dinâmica, toda nova rede tem a grama mais verde, sempre foi assim.
A Exp, traz a possiblidade do corretor comprar ações da companhia, tornar-se um "sócio", um forte apelo no processo de atração e que faz todo sentindo quando você olha a força e a fragilidade dessas empresas. Elas são fortes em estrutura, em tecnologia, treinamento e marca, mas frágeis se você imaginar uma migração repentina de corretores para uma ou outra marca, em resumo, a sua força está depositada em um terceiro, mas esse é o conceito de rede desde o tempo do guaraná com rolha. Por isso, a idéia de um programa de compra de ações pode ser uma forma de manter bons índices de retenção ao mesmo tempo que, de forma estruturada e totalmente legal gera valorização dos seus papéis. É um ciclo virtuoso, mais agentes chegando, mais ações sendo compradas, maior valorização, maior retenção, é sagaz.
Enfim, a pergunta que sempre me fazem está relacionada com a chegada de uma nova empresa, de uma nova dinâmica que poderia destruir o cenário atual. Será que isso é possível?
Bem, se você prestar atenção as imobiliárias deveriam se preocupar mais do que os corretores, afinal um motorista de taxi sempre pode dirigir um Uber, ou melhor, um corretor de uma empresa tradicional pode ser um corretor EXP, mas isso não muda o mercado ao ponto de destruir um cenário. Pode sim destruir uma empresa por perder seus melhores corretores, a fragilidade de operações de intermediação imobiliária, como eu disse, está na saída de seus talentos.
Sem dúvida a chegada de uma imobiliária totalmente digital é um marco no mercado brasileiro e estou ansioso para saber qual será o valor de inovação que vão agregar ao cliente final, até agora não vi nenhum e o jogo da relevância está no que você faz de melhor para o seu cliente, na minha opinião, será uma escolha de corretores de onde e como trabalhar, é uma escolha por identificação, como deve ser.
De toda forma mais uma empresa se estabelecendo no Brasil somando forças na intenção de organizar um dos setores de maior relevância na economia do País.
Seja bem-vinda Exp.
PS: Não tenho nenhum envolvimento com a marca e tenho algumas dúvidas, vamos esperar.
Commercial Real Estate Broker na EXP GLOBAL BRASIL
1 aEstou no mercado imobiliário desde 2004, atualmente como professor universitário e TTI para a formação de Corretores de Imóveis, além de prestar o meu civismo ao CRECI Conselho Regional de Corretores de Imóveis durante 10 anos e ter chegado a Diretor Pedagógico da entidade, além de ter participado do mercado tradicional como foi na Jairo Rocha por 4 anos e quase 6 anos na Remax, quase 8 anos como ceo da JJC, quando em 2021 conheci a EXP REALTY. Na minha opinião o melhor modelo de negócio para um Corretor de Imóveis. Me refiro a profissionais que realmente aplicam o verdadeiro papel de sua atividade que é mediar ou intermediar transações imobiliárias, já para os Corretores de Imóveis vendedor, sempre vai está faltando algo. É assim que o mercado tradicional vive. O Corretor VENDEDOR é aquele profissional que sabe apenas tirar pedido, são treinados o tempo todo para serem VENDEDORES e o resto quem faz? Já existe aqueles profissionais que buscam o conhecimento, a técnica e a pratica da atividade e a EXP REALTY cai como uma luva no seu negócio. Quando os Corretores de Imóveis mediadores ou intermediadores conhecerem a fundo a ferramenta como eu conheço, perceberá não existe negócio igual.
Foco em Gestão Exclusiva na Compra e na Venda Imobiliária / Mercado Imobiliário / Itajaí / Proprietária Deka França Negócios Imobiliários LTDA
3 aBem isso Gilherme... toda novidade gera dúvidas... por isso dedico algum tempo para estudar mais a Exp para quando estiver em SC poder agir da melhor forma é acima de tudo trazer melhores negócios para meus clientes... este sim continua o foco ...
corretor de imoveis exclusivo
3 aAte agora nao entendo isso das ações kkk
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3 aConcordo Guilherme Carnicelli participei de algumas reuniões e também não estou segura da inovação e da qualidade do atendimento para o cliente final.