Nossos dados nos levam além.
A abordagem aos problemas e construção de soluções é cada vez mais precisa graças a informação, é uma estrada sem retorno com alguns pedágios, mas de alta velocidade.
Que o mundo vai ser outro você já deve ter lido ou escutado em algum lugar, agora o quanto ele vai mudar é o “XIS” da questão. Muito provavelmente, o Prof. Raymond Kurzweil quando escreveu o seu ensaio Accelerating Change não imaginava o poder incendiário na caldeira da transformação com uma pandemia em um mundo conectado, se ele já vinha acertando até aqui e deixando todos nós boquiabertos assustados com a velocidade exponencial da mudança, agora nosso tempo de preparo e adaptação ficou ainda menor. Serão dez anos em dez meses.
O fato é que todos nós vamos ganhar cicatrizes com o atual momento, sejam elas econômicas ou emocionais, essas novas marcas que carregaremos devem redesenhar um mundo que revisa processos em todos os sentidos, relações pessoais, modelagem de negócios e preocupações que antes nem sequer passavam pelo nosso radar serão parte desse novo contexto.
O mais interessante é observar como a tecnologia ganhou um papel primário, se antes você era avesso e ainda conseguia se fazer relevante, isso não é mais possível. Você é obrigado a se conectar, a estar dentro desse mundo de “bits and bytes”. A tecnologia não substituiu o ser humano, ela foi além, ela conseguiu se tornar a extensão dele, em um processo quase que vital transformou-se em um segundo coração, um terceiro pulmão, ou mais importante ainda, um cérebro paralelo. A tecnologia não é mais uma escolha, nem mesmo onde ela ainda podia ser, não há opção. As relações pessoais e empresariais só foram possíveis em tempos de pandemia graças aos milhares de aplicativos em dispositivos móveis e serviços complementares.
Óbvio, não estamos falando de regiões remotas onde essa tecnologia não existe, mas a pergunta é, essas regiões ainda fazem parte desse nosso mundo? Ou nós já temos um "universo paralelo" rodando atualmente? Eu sei isso é assustador, mas vale a reflexão.
Se falamos de tecnologia estamos falando de informação e quando falamos de informação, falamos basicamente de dados. Se você reparar bem, todo o enfrentamento do atual problema em nível global foi feito, como nunca na história recente, baseado em dados. Eram números, gráficos e projeções determinando estratégias e ações em todos os setores públicos e privados em cada canto do planeta. As pessoas compartilhavam mais do que memes em seus grupos de WhatsApp, compartilhavam dados e informações. Até mesmo aquele seu tio que sempre fez a piada do “pavê ou pra comê” compartilhou com você um gráfico abordando a curva de infectados. O mundo aprendeu a ver os dados como parte do procedimento “permanecer vivo”.
Nós na EEmovel, como uma empresa de Big Data, passamos a maior parte do tempo olhando o mundo pelo prisma dos dados, mas foi interessante perceber como nós nos tornamos uma ferramenta de ajuda muito maior, nosso foco sempre foi o mercado imobiliário, mas de repente nos vimos ajudando empresas do setor financeiro, empresas de varejo, logística, entre outros segmentos a entender o contexto de seus negócios e modelar, a partir dos nossos dados, novas abordagens para esse novo mundo.
Todo esse processo tem sido um grande desafio, nossa equipe unida e focada em desenvolver conceitos, revisando e redesenhando novos produtos que possam ajudar principalmente nosso setor de atuação, mas ao mesmo tempo aprendendo sobre o valor de todos os nossos milhões de dados únicos para outros segmentos.
Tem sido uma jornada incrível de muitas horas de trabalho remoto, mas nos fazendo melhores também de forma exponencial, é a mudança acelerada aplicada no mundo corporativo. Em breve, vou contar aqui como a nossa abordagem utilizando inteligência mergulhada em um “Data Lake” de qualidade pode ajudar empresas de muitos segmentos que vão além do mercado imobiliário.