"Explorando o Novo para se redescobrir"

"Às vezes é preciso sair e visitar novos lugares para enxergar que talvez existam possibilidades de vida mais compatíveis com nossa verdadeira essência."

A diversidade do mundo

O mundo é um lugar incrível, de diversidade real em muitos sentidos.

Diversidade de culturas, de cor de pele, de clima, de gostos e preferências, de línguas, de idade e gerações, de personalidades e percepções da vida.

A diferença é percebida muitas vezes como algo ruim, conflitante. E se pudéssemos ampliar nosso olhar e perceber que ser diferente pode significar que existem formas diferentes de contribuir? 

Pessoas diferentes em cultura e educação, por exemplo, profissionalmente podem contribuir com soluções que a maioria padrão nem sequer pensaria.

Muitas vezes estamos tão acostumados com algum tipo de atividade ou com algumas rotinas, que vivemos dia após dia mais ou menos como aqueles cavalos com o tapa olho lateral.

Eles olham basicamente para a frente, recebendo o comando do cavaleiro, ou do dono da carroça, e não se distraem com nada além de sua atividade: andar e parar, sempre carregando o peso de alguém.

E se tirarmos tudo que nos limita, as vendas laterais, será que saberemos fazer algo mais criativo? Será que poderemos carregar o peso apenas das nossas próprias escolhas?

Seguir o que a maioria diz que é o melhor, o que vai ser mais aceito, o que vai dar mais dinheiro, é sem dúvida um caminho.

Aprendemos quando pequenos com nossos inúmeros professores: país, família em geral, professores da escola, colegas, nas religiões, com a cultura do local… Aprendemos o que pode ser seguro ou ameaçar nossa integridade física e moral.

Entendemos que existe a forma "certa e a errada" de fazer as coisas e isso nos traz um certo sentimento de segurança e previsibilidade, pois saberemos "onde pisar" sem que algu ruim aconteça.

Mas será que existem mesmo apenas "aqueles lugares" de segurança que nossas experiências nos mostraram? Será que o que serve para os outros serve completamente para mim?

Zona de Conforto

Muitas vezes nos vemos seguindo na vida como ovelhas guiadas por seus pastores, como num filme.

O problema é quando o jeito dos outros me incomoda e começo a perceber que tenho desejos e necessidades diferentes.

Em minha vida já me vi insistindo bastante em situações desconfortáveis. Eu acreditava que seria o mais correto, o melhor a fazer.

Fiquei muitas vezes com pessoas e em lugares onde eu precisava abrir mão da minha autenticidade para pertencer. Me sentia segura no grupo mas vazia da expressão da minha essência.

Seguir a vida padrão, mesmo sentindo que aquilo não te serve, que você não cabe ali, é algo muito comum e vejo pessoas fazerem isso o tempo todo.

Muitos vivem desmotivados e estressados além do que seria razoável, ficando doentes emocionalmente, mentalmente e fisicamente, tentando caber em lugares e a grupos que não tem sintonia com seu jeito de ser.

Esta é a famosa Zona de Conforto. 

E porquê ficamos em lugares que nos trazem sofrimento e estagnação?

Na verdade a Zona de Conforto é um lugar às vezes bem desconfortável, porém é um lugar conhecido, onde se sabe lidar (ou sobreviver) até com as coisas “ruins”.

Vou falar sobre um ponto que nos mantém neste lugar, um desafio e tanto a ser superado, pois mexe com nossa necessidade mais primordial: SOBREVIVER.

O medo do desconhecido

Por pior que seja uma situação, se nossa mente entende que ali sobreviveremos, ao contrário de ir para o "arriscado" desconhecido, temos a tendência a ficar no conhecido.

Todos temos as necessidades de previsibilidade e pertencimento para sobreviver. E o medo nos mantém onde “aparentemente” é mais seguro.

 Para buscar novos caminhos, para permitirmos mudanças em nossas vidas, precisamos de uma boa dose de coragem e autoconfiança.

Você só vai saber o que existe depois da porta se tiver a coragem de abri-la. Mas só vai viver o NOVO se der o primeiro passo através dela.

Quando aparece o desejo por mais…

Aqui me refiro ao desejo por "mais de nós mesmos".

E a pergunta é: - O que mais posso ser e fazer nessa vida que me dê felicidade?

Uau! Parece amplo demais não é?

E talvez seja. Por isso, para responder esta pergunta talvez você precise de um tempo.

Talvez em algum lugar inspirador como uma viagem para estar em contato com a natureza, ou simplesmente um passeio num belo parque (andar para mim é algo que libera pensamentos e inspira).

O que quero dizer é que quando aparece "o desejo por mais", existem sentimentos e necessidades aí para serem escutadas. E quando este desejo chega, ahhhhh, ele chega e quer a todo custo ser visto e se expressar. E quando não o escutamos ficamos muito perturbados, pode ter certeza.

Investigue com carinho o que brota do fundo do seu "coração" (as aspas são porque você pode dar outro nome a este lugar, como mente, ou Deus, ou chamado do Universo).

Fazer uma boa Escuta Ativa de você mesmo é um caminho de AUTOCONHECIMENTO, autocuidado e autoamor.

Você é a melhor pessoa para escutar seus sonhos e transformá-los em realidade. Só você pode começar esta jornada, só você pode caminhar os seus passos. Então comece aí, olhando pra dentro.

Conheço algumas mulheres muito queridas, que foram ou ainda estão, executivas na área de tecnologia, por muitos anos em suas vidas. 

Trabalharam intensamente, com todos os desafios que sabemos que as mulheres enfrentam nesta área e em cadeiras importantes no mundo corporativo.  

Em algum momento, penso que este desejo chegou para elas, e com ele a necessidade de SENTIDO, PROPÓSITO E CONTRIBUIÇÃO de formas diferentes para elas.

SENTIDO, PROPÓSITO E CONTRIBUIÇÃO, são necessidades humanas genuínas, que com o passar do tempo, principalmente com a chegada da maturidade (emocional e física), aparecem, batem na porta e pedem com mais ênfase para serem atendidas rapidamente.

Assisti e assisto estas mulheres incríveis no movimento de buscar o NOVO, com coragem e determinação.  Mas será que apenas coragem e determinação é o bastante para sair da ZONA DE CONFORTO?

Sentimentos e necessidades

Todo sentimento conta sobre uma necessidade humana que está sendo atendida, que quer ser atendida ou que não está sendo atendida.

Então quando "o desejo por mais" chega, observamos o que está acontecendo em nós, qual o sentimento? Vamos analisar alguns exemplos:

Estamos vivendo um momento onde estamos nos sentindo estagnados? frustrados? cansados? sem sentido? tristes? 

Estes sentimentos talvez nos contem que estamos necessitando de: PROPÓSITO, SENTIDO, ESPAÇO, poder ser AUTÊNTICO, CONTRIBUIÇÃO, LIBERDADE, ALEGRIA, MOTIVAÇÃO, EXPRESSÃO, NOVOS CONHECIMENTOS, ALEGRIA…

Muitas necessidades estão por trás dos nossos sentimentos, e ficam em nossa mente, cutucando para que nós reajamos e olhemos para elas.

Transformando o desejo em ação

Falando da minha própria experiência, gosto de me sentir ao menos um pouco segura, mesmo sabendo que não consigo controlar tudo o que acontece.

Entendo que isso precisa ser ok para tomarmos atitudes de mudança na vida. Precisamos nos permitir "tomar alguns riscos".

Primeiramente faço o exercício de compreender que mudança quero fazer em minha vida, que NECESSIDADES HUMANAS preciso atender (faço isso analisando meus sentimentos e escutando as mensagens sobre as necessidades). 

Sempre que preciso, busco ajuda para me conectar e compreender a mensagem interna, em várias fontes, amigos e profissionais.

Para me sentir segura e ter alguma previsibilidade, analiso e planejo minimamente meus movimentos, buscando prever racionalmente as possibilidades de dar certo ou errado (a curto e médio prazo) e como posso minimizar os efeitos negativos das minhas escolhas, se eles aparecerem.

Dependendo da minha compreensão das necessidades, busco as estratégias mais adequadas para atendê-las, como por exemplo fazer cursos, mentorias, viajar para expandir minhas experiências com as pessoas, retiros espirituais, mudar de casa, comprar uma casa, casar ou separar, fazer terapia, aprender a dizer não, mudar de emprego ou de carreira, entre tantas ações e atitudes por onde podemos começar.

A partir do momento no qual escolho a estratégia procuro realizá-la da melhor forma e com o maior foco que eu conseguir. 

Para mim especialmente, as vezes é difícil manter o foco porque como tento equilibrar o máximo que posso as várias áreas da minha vida, as distrações me perturbam inúmeras vezes. 

Então o foco para mim é algo mais desafiador em relação a outras pessoas. E tudo bem. Sabendo disso fico mais atenta às distrações.

Certamente existem mais pessoas como eu, então eu digo, fique atento. 

Para conseguir mudar de vida e torná-la melhor, é preciso ficar sempre muito atento pois nossa mente egóica sempre nos direciona para as experiências conhecidas, como sabotando as mudanças, para nos manter "seguros" em zonas de conforto.

Seja flexível e amoroso com a vida e com você

Nem sempre o que imaginamos ou planejamos sai como esperado.

O importante é manter o foco no PROPÓSITO que descobrimos e mudar de estratégias quando necessário.

Em aulas (maravilhosas) que estou assistindo do Cadu Cassau - fundador da Escola do Fluxo, gosto muito de escutá-lo falar sobre a vida ser uma dança e não uma luta.

Falo de uma dança livre, como a água, que passa por onde nem podemos ver, mas dá um jeito de chegar ao seu destino.

Para dançar com a vida precisamos de flexibilidade e maleabilidade. Dançar com a vida é sentir cada movimento, apreciar cada passo e perceber e fazer os ajustes necessários para manter o movimento fluido e o equilíbrio.

Sentindo e acompanhando o ritmo da música. Sentindo a vibração dos sons em nosso corpo e o prazer que essa dança nos traz. E se cair fica em paz, faz parte da dança, role para o lado e num movimento gracioso levante e continue.

Como seria olhar para a VIDA desta forma? Como seria se descobrir em novas jornadas?Espero que tenham gostado deste conteúdo que fiz com muita inspiração e carinho.

Vejo vocês em breve, quem sabe para novas aventuras!

Ótima VIDA para vocês!

Patricia Gabnai

. mentoria comportamental

. comunicação não violenta

. thetahealing®