FÉ, PLANEJAMENTO, DISCIPLINA... E OS RITUAIS
O encerramento das festividades de Natal no dia 06, marca o encontro dos Reis Magos com a manjedoura.
Nesta data, somos forçados a algumas reflexões práticas, por vezes esquecidas por todos nós. Apesar de constar no Evangelho de Mateus o fato que representa o encontro “inicial” dos homens com Jesus, não há referência quantos eram na verdade, tampouco o tempo de viagem, ou de onde vieram.
Mas foi adotado pela nossa civilização que eram três, Melchior, Baltasar e Gaspar, e não seriam reis nem necessariamente três , talvez sacerdotes de alguma religião, com muito conhecimento de astronomia ou astrologia.
Afinal, convenhamos, viajar guiados por estrelas não é fácil não.
Contudo o fato é que resolveram empreender uma viagem marcante para a Humanidade, onde alguns aspectos exemplares devem ser destacados.
O primeiro deles , a fé no “Projeto , ou seja, na inspiração divina ...e claro, neles mesmos como empreendedores.
Afinal, precisa de uma inspiração muito superior para acreditar que em algum lugar do Planeta, nasceria um menino tão especial, que justificasse uma difícil viagem.
Como perceberam isso? De quem ouviram esta história?
O fato é que atenderam um clamor das próprias almas e partiram... e na certeza que chegariam.
Em segundo lugar, demostraram um senso de Planejamento incomum, pois noites intermináveis os aguardava precisando de barracas, além de água e alimentos para a “equipe” composta de animais fortes, para enfrentarem dias ensolarados ou friorentos.
Ocorreu ainda interferência de Herodes desviando-os do caminho correto, que resultou num atraso para a data originalmente prevista da chegada, e justifica o que seria uma falha no planejamento.
Mas até nisso, denota outros atributos dos viajores, que souberam discernir as pedras e armadilhas do caminho e seguirem em frente, restando para a Humanidade o legado exemplar da viagem da vida de todo ser humano pelo Planeta, e a importância da escolha pelo rumo certo.
E por fim, uma Disciplina espetacular para empreenderem tão majestosa viagem, virtude (entre outras) de importância capital para o sucesso daquele empreendimento.
Esses 3 fatores : Fé, Planejamento e Disciplina, representa uma tríade pouco considerada e utilizada nos dias de hoje, que deveria servir de lição para os nossos dias turbulentos que por vezes enfrentamos.
Os percalços da jornada compõe a história de todos, e assim sempre será, mas isto não exime os viajores pelo tempo de desprezarem os pré-requisitos utilizados por Melchior, Baltasar e Gaspar para alcançarmos o sucesso.
Até os próprios rituais, tão conhecidos em diversas religiões, também exercem papel importante em nossa jornada, neste cenário de conexão com a Espiritualidade.
Pois são ferramentas utilizadas para o exercício da Fé atrelado à Disciplina como, por exemplo, missa aos domingos, nos mesmo horários, acendendo uma vela para o anjo da guarda ,etc, etc .
Ademais os rituais geram um reforço psicológico significativo, como nos ensinaram nossos antepassados.
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Pois quando um jovem recebia as chaves da casa ao completar 18 anos, ficava a data marcada no subconsciente como o ponta pé inicial da jornada individual do ser pela sobrevivência (quando não antes) .
Da mesma forma, os bailes de 15 anos das adolescentes, era a forma sútil que os pais informavam a sociedade que a filha já era uma mulher, e poderia aceitar pretendentes para um noivado.
Hábitos que foram indevidamente esquecidos e largados pela sociedade, resultando numa geração que não sabe a “hora h” de entrar no jogo da vida, e assim temos adultos “adolescentes” que moram com os pais numa jornada interminável ...
Portanto, vale destacar também os presentes ritualísticos, que os próprios Reis Magos levaram ao menino Jesus, ouro, incenso e mirra que simbolizavam as riquezas e os perfumes da Arábia, oferecidos como tributo ao Rei dos Reis.
O ouro representa a realeza; o incenso, a divindade; e a mirra, a imortalidade do Messias.
Utilizaram formas ritualísticas de celebrarem uma data que mudou a História da Humanidade.
Pessoalmente, mesmo sem ser adepto ao catolicismo na atualidade, considero com muito respeito os hábitos voltados aos rituais que nos remetem à infância de muitos.
E curiosamente, minha mãe, diante da pia batismal quando estava eu em seu colo, olhou para meus irmãos presentes no evento, sendo os dois devidamente protegidos pelos respectivos anjos da guarda, pois um chama-se Giovanni(João) e o outro Antonio, tomou uma atitude inesperada..
Considerando que Roberto não é nome de santo, e que o “caçula” estaria em desprotegido na vida que se iniciava , acrescentou de última hora no certificado de batismo o nome da “pedra” basilar do cristianismo.
Logo meu registro civil difere do registro religioso, sendo registrado como Roberto Pedro Mangraviti, mas somente na pia batismal.
Convenhamos que não posso me queixar dos cuidados maternos para que empreendesse a minha própria boa jornada, numa ótima pitada ritualística de D. Nida.
Como não sou bobo nem nada, quando a “frigideira esquenta” , aciono São Pedro, afinal minha mãe destacou Simão, o pescador, com essa missão ingrata: cuidar deste ser que há mais de 6 décadas gera alguma confusão planetária.
Portanto, desejo a todos, neste final de ciclo natalício: Fé, Planejamento e muita Disciplina.
Pois precisaremos de tudo isso, como sempre foi e será ... desde os tempos de Melchior, Baltasar e Gaspar.
ROBERTO MANGRAVITI.
Colunista da ADASP-Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo; do Instituto de Engenharia; Editor do Portal SustentaHabilidade, da Coluna “SustentaHabilidade” no Jornal ABC Repórter, e apresentador do Programa SustentaHabilidade na Rede NGT (digital) e Soul TV Omni Channel (smarts Tv’s LG e Samsung