Feedback 360
É por meio do Feedback 360 que podemos fazer com que os espelhos que comentei na última semana atuem e nos deem importantes informações a respeito de como estão nossos comportamentos e atitudes. Essa modalidade de feedback, também conhecida como Avaliação de Desempenho, é uma das formas mais conhecidas de promover o feedback no ambiente organizacional.
O objetivo deste tipo de feedback – ou melhor, de qualquer tipo de feedback – deve ser o de contribuir para com o desenvolvimento e o crescimento da pessoa que recebe o feedback. Todo e qualquer feedback que for motivado por pelo sentido de “dar o troco” ou de “falar umas verdades” não chegará a lugar algum... Por conta disto que o feedback é uma ferramenta que, como qualquer outra ferramenta de desenvolvimento humano e organizacional, requer preparo e humanidade para a sua execução.
No entanto, os mesmos pontos que atestam sua popularidade como ferramenta de desenvolvimento humano e organizacional também atestam sua impopularidade neste sentido. Isso ocorre porque em muitos casos o processo de feedback 360o é realizado de forma a ignorar alguns pontos que são importantes para que a sua execução alcance seu objetivo principal – o desenvolvimento do ser humano.
O primeiro ponto a ser observado são as competências a serem consideradas para o feedback. Esse é um trabalho que acontece antes do feedback, ou seja, a empresa precisa primeiramente mapear o conjunto de características ou valores a partir dos quais cada pessoa será avaliada. Sem esse conjunto de competências o feedback fica “solto”, fica sem uma base definida e, pior ainda, fica sem parâmetros claros, permitindo que muitas coisas a respeito da avaliação sejam levadas para o lado pessoal. Em outras palavras, sem as competências definidas o feedback nasce morto!
É preciso também treinar as pessoas envolvidas. É preciso treinar os gestores e todas as pessoas da equipe no sentido de saber dar e receber feedback. Aliás, tenho observado que em muitos casos uma grande parte da dificuldade de tornar os processos de feedback 360 eficientes tem sido a resistência em receber comentários a respeito dos pontos de melhoria. Além de explicar como funciona o método, o treinamento deve principalmente abordar a forma como devemos nos comportar ao dar e receber o feedback.
Não menos importante é o day after. Ou melhor, o que acontece depois do feedback 360. É também muito comum observar que as pessoas preenchem os formulários necessários ao feedback 360, mas acabam não fazendo a conversa, a devolutiva. Mas mais importante do que a devolutiva é o que acontece depois do feedback, pois os pontos de melhoria apontados geram uma tremenda expectativa e ansiedade na pessoa que recebe o feedback e é importante que tanto o gestor como a empresa se coloque ao lado das pessoas no sentido de estimular, planejar e acompanhar as ações que cada pessoa atribui para si para o desenvolvimento de seus pontos de melhoria.
Acontece que muita gente pode se sentir melindrada ao dar um feedback e há pessoas que não se sentem à vontade para recebê-los. É sobre isso que irá falar o texto da próxima semana.
Pro-Reitor Administrativo e Financeiro | Centro Universitário de Maceió - UNIMA | AFYA
7 aAcho o feedback uma base importantíssima no relacionamento profissional. O "problema" é o feedback negativo, sempre que eu passo um feedback desse tipo tento não só mostrar o que aconteceu de errado mas também ressalto os pontos positivos que aquele profissional desenvolveu a fim de tornar claro de que o feedback é estritamente ligado à um situação pontual, outro ponto é que tento deixar claro que esse feedback é estritamente profissional. Gostei muito do texto. Parabéns.
Diretor | Gestor | Executivo de Logística, Supply Chain e Transportes
7 aArtigo muito produtivo, preparação é fundamental, parabéns pelo artigo.
Engenharia da computação
7 aSinceramente, qualquer forma de ficar avaliando os outros é muito chato. Deveríamos ser empreendedores de nós mesmos ao invés de ficar olhando o defeito dos outros.