FEEDBACK SANDUÍCHE AINDA FUNCIONA?
Se for bem executado, o Feedback Sanduíche pode ainda funcionar. O problema é que a técnica do pão (pontos positivos), carne (pontos de melhoria), pão (sentença geral positiva) vem sendo aplicado de maneira equivocada.
O fato é que o Feedback Sanduíche, altamente difundido em treinamentos, universidades e cartilhas de RH, possui fragilidades e, após a frequente utilização da metodologia sem a utilização correta das melhores práticas, colaboradores tendem a assimilar que após um elogio, receberão uma crítica nada motivadora.
Com um feedback ineficiente, “joga-se fora o bebê junto com a água do banho”, ou seja, ao buscar evolução, gera-se retração.
Exemplo de feedback mal executado: “Estou gostando muito do seu empenho, porém você foi um pouco irresponsável ao não entregar o projeto no prazo. Mas continue se esforçando, com certeza você vai muito longe aqui dentro”.
Com o uso da palavra “irresponsável” o nível de identidade do colaborador é atingido, um dos mais sensíveis do ser humano, dando a entender que o gestor o considera inconsequente como um todo e que não reconhece suas qualidades, quando na verdade, somente um comportamento específico ocasionou esta impressão.
Por isso, jamais rotule. Ou sua equipe ficará fadada ao clima negativo e ao baixo desempenho. O feedback só é útil se gerar clareza e engajamento.
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COMO EXECUTAR UM FEEDBACK BEM FEITO, GERADOR DE RESULTADOS
Um feedback de alta qualidade deve sempre ser:
Feedback fala sobre detalhes de comportamento, quanto mais tempo demorarmos ao falar sobre o assunto abordado, maiores serão as chances de o interlocutor esquecer pontos cruciais e até mesmo duvidar que as coisas aconteceram da forma que você está falando.
O recebedor deve entender que o feedback é algo positivo e a obrigação do emissor é criar o melhor clima possível.
Quando focamos no comportamento, o colaborador não se sente reduzido ou agredido. O feedback desta forma é muito mais assertivo, pois gera compreensão e engajamento na mudança
Ao apontar o que precisa ser corrigido com um modelo eficiente de comunicação específica e sem usar rótulos, o colaborador fica sabendo exatamente qual comportamento ajustar para evoluir como membro da equipe.
E, por consequência, a relação com o gestor, assim como a motivação por fazer parte, se manterão preservadas.