Feio é terem te convencido dessa bobagem!

Feio é terem te convencido dessa bobagem!

VOCÊ É O SEU PRODUTO.

Sim, eu sei, você é advogada e seu produto é o serviço jurídico que presta. Mas, como advogada, VOCÊ também é o seu produto.

Esse é um assunto recorrente nas sessões de mentoria. Muitas advogadas trazem esse incômodo com frequência, e começam a conversa assim:

“EU NÃO SEI ME VENDER”.

“Esse negócio de auto promoção me deixa desconfortável, acho feio”.

“Parece que estou sendo convencida.”

“Não gosto de falar de mim.”

“Não consigo fazer isso.”

Por que isso incomoda tanto? Porque somos treinadas a acreditar que é feio nos acharmos boas o suficiente. É feio falar sobre as coisas que fazemos bem. É feio se achar a última bolacha do pacote.

Entendam uma coisa, minhas advogadas queridas: FEIO É TEREM NOS CONVENCIDO DESSA BESTEIRA!

Para começar a resolver isso, vamos pensar em exemplos de alguns momentos em que você sente que precisa “se vender”:

Quando sai em busca de um novo trabalho. Nessa ocasião você precisa se vender através do seu CV, das entrevistas com recrutadores, de publicações aqui no Linkedin, em conversas com head hunters, com a sua rede de networking.

Quando quer conquistar o próximo nível no plano de carreira, ou se tornar sócia, ou melhorar sua comunicação com equipes, pares e líderes, ou qualquer outro motivo. Neste momento você precisa buscar visibilidade no escritório ou na empresa, fazer as pessoas confiarem em você e no seu trabalho. Normalmente fazemos tudo isso através de participação e posicionamento em reuniões internas ou com clientes, por exemplo. Através de uma apresentação formal sobre o seu trabalho. Através de conversas informais do dia a dia. Participação em eventos rotineiros. Através da publicação de um artigo. Batendo na porta do gestor. Só para citar algumas formas.

Você pode sentir essa necessidade de “se vender” em qualquer outro momento em que quer atingir qualquer objetivo que seja.

E é aí que você começa a arrastar corrente, começa a sofrer, fugir das situações, ter dor de barriga, procrastinar o que deve ser feito porque não sabe “se vender”.

Agora pense no seu produto: VOCÊ. Esse passo é importante: ter clareza do seu produto. Inclusive dos pontos fracos, de onde pode dar defeito!

Para a venda funcionar, você precisa acreditar no produto – VOCÊ (voltamos à autoconfiança). Portanto, para ter clareza sobre o seu produto e para confiar nele, responda às 10 perguntas seguintes:

1.      Você sabe o que, em você, você quer vender?

2.      O que, em você, pode ser útil à instituição onde você está?

3.      O que você faz ou o que você é, que as pessoas no potencial novo trabalho podem se beneficiar?

4.      O que, em você, que o cliente do seu escritório pode ser beneficiar?

5.      O que, em você, pode ser útil à sua equipe, ao seu líder, aos seus pares?

6.      No que você é boa?

7.      Que elogios já recebeu ao longo da carreira?

8.      Que trabalhos gosta de fazer?

9.      Por que as pessoas querem VOCÊ para determinados trabalhos?

10.  Como você pode mostrar quem é?

Ao responder a essas 10 perguntas, a caminhada vai ficando mais fácil e a crença de que é “feio me vender” vai, aos poucos, sendo desconstruída, porque você entende que “se vender” significa “contribuir para a solução do problema de alguém”.

Lembre-se que alguém precisa de você, do que você sabe fazer, da sua personalidade, do seu jeito de conduzir, do seu jeito de se comunicar, de se organizar, de reagir, de resolver problemas e achar soluções.

Alguém precisa de alguém como você. E se você não se vender, vocês dois sairão perdendo!

Eu já senti esse incômodo em me vender, muitas vezes. Desvencilhei-me dele quando respondi a mim mesma às perguntas acima.

Neste momento, é exatamente isso que faço quando escrevo este texto. Meu produto sou EU. Estou aqui me vendendo e vendendo o meu peixe. Faço isso com segurança, sem me sentir desconfortável porque sei das transformações que ele gera.

Porque em algum lugar lá fora há advogadas precisando de mim, e se eu não contar a elas que estou aqui e que sou boa nisso, nós duas saímos perdendo. Porque me sinto contribuindo e ocupando o meu lugar no mundo quando vejo minhas clientes alcançando seus objetivos por causa do meu trabalho.

EU CONHEÇO O MEU PRODUTO. E ACREDITO NELE. Ponto.

Portanto, você, advogada querida, que está aí lutando com as suas crenças de que é feio se vender, que é feio falar das suas próprias qualidades, que não consegue fazer isso, pensando no que os outros vão pensar, para tudo por um momento, reflita e siga os passos abaixo:

1º. Os outros vão pensar o que quiserem e você nunca vai ter acesso a esses pensamentos, portanto, tanto faz o que pensarem!

2º. Se você não se vender, seus objetivos vão ficar cada vez mais difíceis de serem alcançados.

3º. Explore o que você tem de bom, de habilidades, de talentos, de know how, tenha clareza sobre quem você é e o que pode oferecer.

4º. Pense em como colocar isso no mundo. Em como contar às pessoas que podem estar precisando de você, seja num novo trabalho seja aí mesmo onde você está.

5º. Saia em campo pra fazer a diferença no mundo. Se você fizer diferença somente no mundo de uma única outra pessoa, a venda do seu produto já vai ter valido a pena!

E, por fim, sinta-se SIM, a ÚLTIMA BOLACHA DO PACOTE!

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