Finanças em Família
Fala galera, hoje vou falar sobre finanças em família, a importância de ter uma família que se envolve como um todo quando o assunto é DINHEIRO.
Começo com uma pergunta que já me foi feita: “Qual a importância das finanças em família, o que isso traz de bom pra gente?”
Bom, eu sempre falo sobre finanças, dinheiro, investimentos, educação financeira... E eu mesmo agora te pergunto: E a família, onde entra nisso?
Permitam-me responder: Em tudo. Como qualquer outro assunto a família tem que ser integrada, tem que estar junto.
Quando falo de finanças faço a analogia de algum esporte em que todos são obrigados a praticar, porém só alguns se interessam em conhecer as regras. Viver alienado da educação financeira é mesmo de entrar em um ringue para lutar boxe contra um atleta profissional, sem conhecer as regras.
Nessa hora sou interrompido com “Tá louco Hishan? Ninguém faria isso!” O problema é que muitas vezes a mesma pessoa que me questiona está fazendo pior. Digo pior, porque numa luta o árbitro rapidamente interromperia e você voltaria pra casa sã e salvo. Quando o assunto é dinheiro, o único que vai te salvar é você mesmo, utilizando o que de mais valioso temos no mundo, o conhecimento.
Com educação financeira saímos do ciclo de apenas pagar as contas (quando dá) e esperar pela aposentadoria “garantida” pelo governo (INSS). E isso deve ser feito em família! Todos devem educar-se, evoluir, aprender, decidir.
O problema financeiro é formado junto com a gente ainda enquanto criança (por favor, não repassem esse “aprendizado” para seus herdeiros), com aquelas frases de “só é rico quem nasceu em berço de ouro”, “dinheiro é assunto de rico”, “só é rico quem é corrupto”, “Investimento? Quem sou eu para pensar nessas coisas?!” “O dinheiro é sujo” e tantas outras besteiras que escutamos durante a vida.
Falar de dinheiro deve ser mais um momento de interação em família, ao invés de sentar a mesa e falar sobre novela, futebol, reclamar do chefe ou qualquer outro assunto que não vai agregar absolutamente nada para vocês, por que não falar sobre... Dinheiro? E o melhor, isso vai acostumar os filhos a ouvirem sobre o assunto, que, por favor, né, NÃO é “assunto de adulto”.
Falar de dinheiro não significa atacar a outra parte sobre o quanto ela gastou ou deixou de gastar, as perguntas devem ser sobre como está se sentindo, como andam os sonhos, se está verdadeiramente feliz ou só acomodado(a).
A família que decide junto, que conversa sobre dinheiro vive mais feliz, pois são mais leais financeiramente, dividem sonhos, transformam em planos e os executam. Vivendo mais feliz, dormem melhor, trabalham e estudam por um objetivo e não apenas para pagar boletos, com isso se tornam mais produtivos, ganhando assim cada vez mais dinheiro, aumentando a flexibilidade, o tempo em família e fazendo sentido o trajeto, não só o fim do caminho. Quando todos participam do processo, todos ganham.
Independente de como vocês dividem as contas da casa, todos devem ter escolhas, poder de votação, sonhos pessoais e em família a realizar, lembre-se que a virtude está no equilíbrio. Não adianta fazer tudo que só um lado queira. Joguem aberto, conversem sobre o quanto ganham, o quanto gastam. Tem que jogar limpo!
Não desperdicem todo o trabalho e estudos de vocês gastando com o que não traz retorno, não adianta dormir tarde e acordar cedo todo dia, trabalhar horas e mais horas se o resultado disso vai embora com gastos totalmente desnecessários, com jogos de azar, assinaturas que aumentam nosso custo fixo (TV a cabo com canais que ninguém assiste, revistas e jornais que ninguém lê, pacotes de telefonia com trilhões de inúteis minutos, etc). Valorize o seu esforço!
Tire da cabeça aquele conceito de que educação financeira é cortar o que te faz bem, viver na miséria, vestido com trapos, cabelos bagunçados e unhas mal feitas. Isso não lhe traz retorno, na verdade isso beira à loucura. Quando nos educamos financeiramente nos conhecemos melhor, melhoramos a qualidade das nossas escolhas. E cá pra nós, aquela pipoquinha assistindo filme no Netflix com família não sai caro e é um programa maravilhoso! São momentos assim, de baixo preço e alto valor que devemos buscar mais vezes.
E como colocar os filhos nessa história toda? Ah... Isso é fácil, crianças tem inúmeros desejos, mostre que para realizar a compra daquele brinquedo é preciso poupar, realizar alguns esforços, economizar energia, vender brinquedos que não são mais utilizados para abrir espaço e ter dinheiro para os novos. Use sua criatividade, o ser humano é criativo por natureza! Pense em alternativas, quando a criança tiver um pouquinho mais de idade, acrescente a mesada no planejamento. Se tiver dúvidas sobre o que fazer, pode me perguntar por aqui. Será um prazer imenso auxiliar sua família no desenvolvimento financeiro.
Para concluir, quando falo sobre riqueza, não estou falando apenas financeira, riqueza é um conceito relativo. No meu ponto de vista ter rios de dinheiro e nenhum tempo para a família não faz o menor sentido, isso não é riqueza e espero que para vocês também não. Vamos parar de correr atrás do dinheiro e vamos colocá-lo para trabalhar pra gente, desde cedo! Mas como? Isso é assunto para outro texto, não se esqueçam de que:
“Para enriquecer, basta Disciplina!”
Forte abraço a todos, e até a próxima!
*Hishan Vassem é Economista, consultor financeiro, especialista em Gestão Empresarial e Gestão Estratégica de Pessoas, Professional e Self Coach e um eterno apaixonado por Finanças Pessoais.
Redator | Produção de Conteúdo para Web
5 aCom certeza! Comecei a estudar investimento esse ano e consegui convencer meus pais a tirarem o dinheiro da poupança e a abrirem conta no BTG para poderem começar a investir. Fica muito mais fácil não ser consumista quando sua família te apoia.