A força das palavras e a potencialidade da humanização das relações no saneamento
Mais do que apenas expressar minha opinião, quero sugerir uma profunda reflexão sobre a força das palavras e a potencialidade da humanização das relações, um tema que parece fugir do meu trabalho como integradora na Cristalina Saneamento, mas que, na verdade tem tudo a ver com impacto social, com água, com meio ambiente e, principalmente, com PESSOAS.
No negócio de saneamento, eu sempre me questionei como deveríamos chamar aqueles aos quais somos prestadores de serviços. Usuários, clientes, consumidores?
Nunca consegui encontrar uma palavra que considerava a mais adequada. Hoje entendo a razão do meu desconforto, pois estas nomenclaturas nos afastam da centralidade do ser humano. Afinal, por trás de todo cliente, há uma pessoa, um cidadão, que é subjetivo, único e indivisível. Mais do que um usuário dos nossos serviços, esta pessoa é alguém que tem de ser ouvida, respeitada, incluída, acolhida. E precisa receber da sociedade essa empatia.
No fundo, é preciso dar um novo significado e olhar sobre o quão importante é a humanização das relações que tanto falta no mundo. Estamos falando sobre enxergar além de funções e cargos e sim, sobre ver o ser humano por trás deles.
E veja como é fácil mostrar o quanto a palavra tem poder. Por exemplo, na prestação dos serviços de saneamento, por que não o leiturista de contas de água se tornar o “amigo do cidadão”? Afinal, ele tem um contato muito próximo às casas dos cidadão para ler o consumo de água, especialmente na grande maioria das cidades brasileiras que são pequenos municípios.
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Já o operador de tratamento de água, faz mais do que somente operar uma estação e permitir que a água consumida por toda a comunidade seja potável. Ele é o guardião da água.
Observe a potência nisso. Olhe a importância dada para estes profissionais e para a própria natureza!
Não estou aqui nem falando dos conceitos complexos sobre a ideia de humanização. Trago ao debate basicamente uma reflexão de como podemos alavancar e potencializar nossas práticas de lideranças, gestão, convivência e relacionamento entre as pessoas.
Palavras são pontes e não abismos. E são com elas que crescemos e desenvolvemos: mais do que tudo, as boas e sustentáveis relações interpessoais. Afinal, tudo na vida é sobre pessoas, natureza e relacionamento entre tudo. Você concorda?
Sim Daniela, concordo. Muitas barreiras devem ser removidas e essa é uma dela , de querer rotular sem humanizar . Parabéns