Fundações Diretas - Capacidade de Carga
Neste artigo falo sobre o estudo de Capacidade de Carga realizado por Terzaghi e Peck. A fonte de pesquisa é o livro de Fundações Diretas de um grande Mestre que tive, Marcus Bedeschi.
O estudo de capacidade de carga por Terzaghi (1943) apresentou uma metodologia, que basicamente possui as seguintes hipóteses principais:
- Comprimento da sapata corrida (L) é muito maior que sua largura (L/B > 5);
- Profundidade de assentamento é inferior à largura da sapata (h < ou = B)
- O maciço de solos se caracteriza por apresentar ruptura generalizada
O processo de ruptura do maciço de solo a partir de onde se apoia a fundação direta, pode ser subdividido em 3 regiões:
- Região I - cunha abaixo do elemento de fundação. Superfície de ruptura apresenta trecho reto.
- Região II - Superfície potencial de ruptura apresenta forma de espiral logarítmica. Submetida ao estado de tensões passivas de Rankine.
- Região III - Superfície potencial de ruptura apresenta um trecho reto. Cunha formada sujeita a um estado de tensões passivas de Rankine.
O processo de ruptura proposto por Terzaghi se inicia com um puncionamento da região I caracterizado pelo deslocamento vertical da cunha para baixo. Esta ocasionará empuxos laterais no solo na região II e III fazendo com que toda a resistência ao cisalhamento do solo ao longo da superfície de ruptura seja mobilizada.
Terzaghi e Peck proporam a seguinte equação para estimativa de capacidade de carga.:
Com referência nos estudos realizados por Terzaghi, Vésic (1974) realizou uma série de refinamentos que não foram considerados pela teoria clássica de Terzaghi. Vésic proposta incorporar algumas modificações sugeridas por Meyerhof e Hansen, além do acréscimo de alguns fatores como:
- Influência da profundidade de assentamento da fundação
- Inclinação da carga aplicada à fundação
- Inclinação do terreno de assentamento da fundação
- Inclinação da base da fundação em relação à horizontal