A GESTÃO DE RESÍDUOS COMO MOTOR PARA ALCANÇAR O ESG DA SUA EMPRESA

A GESTÃO DE RESÍDUOS COMO MOTOR PARA ALCANÇAR O ESG DA SUA EMPRESA

O termo ESG - Environmental, Social and Corporate Governance (Governança ambiental, Social e Corporativa) tem sido muito debatido atualmente no mundo corporativo. E não é para menos. Além da sociedade estar mais consciente e exigente em relação aos impactos ambientais gerados a partir do uso de um produto ou de um serviço, outro ator de peso, assume um grande desafio: Os fundos de investimentos. Visionário, ninguém menos, ninguém mais, que o lendário Laurence Fink em janeiro de 2020, CEO da BlackRock, a maior gestora de fundos de investimentos do planeta dita novas regras e métricas para o mercado: É a hora de incluir métricas de ESG para os CEO’s mundo a fora. 

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Convergir investimentos aos riscos de compliance ambiental como critério para aplicações de investimentos e a responsabilidade destes, na geração de impacto positivo para a sociedade e para o planeta, se torna mais do que uma simples tendência mercadológica, mas sim, regra de negócios para a avaliação de investimentos indexados não somente a taxas de lucro, mas também, a taxas de impacto ambiental, social e governança.

O desafio é enorme, porque, nos faz refletir diretamente nos propósitos das companhias e no principal objetivo da atividade das indústrias: satisfazer as necessidades dos consumidores. Estes por sua vez, com mais informações na palma da mão através do grande canal de comunicação “internet” tem o poder de escolher o produto e ou serviço, bem como, interferir diretamente em um dos ativos mais significativos de um negócio moderno: imagem e reputação perante a sociedade. É aqui que resgatamos os fundamentos a partir das deliberações das principais lideranças mundiais a partir da ECO-92 e dos Marcos posteriores em prol do Combate às mudanças climáticas. Não vale a pena ter desenvolvimento econômico e não ter a fauna e flora equilibrada, ar puro e qualidade de vida para o que mais importa: a família.

A gestão de resíduos, que é o nosso principal foco aqui, dentro da nossa área de atuação e visando contribuir com ações práticas para alcançar o ESG das corporações demonstra ser uma mola propulsora para permitir uma jornada mais eficiente e eficaz. A legislação ambiental brasileira é uma das mais modernas do mundo e contamos com uma política pública que poucos ainda conhecem: Lei Federal nº 12.305 - Política Nacional de Resíduos Sólidos. As companhias que entenderem que a licença ambiental e ou planos de controle ambiental definidos pelos órgãos ambientais convergentes com a sustentabilidade dos negócios darão um passo à frente nesse novo desafio. As condicionantes ambientais como instrumento para promover uma gestão de resíduos assertiva, com rastreabilidade dos resíduos e tecnologia, ampliam os horizontes para o novo. 

Uma boa receita (não é a única) para desenvolver a metodologia para alcançar o ESG das companhias é a velha e boa licença ambiental. Os estudos de impacto ambiental prévios determinam ações, intervenções, controles, compensações e projetos que devem alcançar a última milha, ou seja, a comunidade ou sociedade do entorno. Portanto, com as novas regras do mercado, não basta que as companhias alcancem apenas bons resultados em vendas, faturamento e ou market share (fatia do mercado). Necessitam atender aos interesses reais dos stakeholders (interessados no sucesso da companhia). Vale ressaltar alguns destes atores:

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Através da aplicação de educação ambiental nas companhias, podemos alcançar excelentes resultados para o compliance ambiental e estabelecer subsídios para o social e para a governança corporativa. Realizando a engenharia reversa, podemos diagnosticar a partir da atividade econômica, os principais insumos (matérias primas), processos, produtos e ou serviços, bem como, o impacto ambiental resultante. A partir deste ponto, há a possibilidade de estabelecer um PDCA (PLAN, DO, CHECK and ACTION) para atender os interesses dos stakeholders (alguns dos principais), relacionados abaixo:

  • Colaboradores: Assegurar que o propósito da companhia seja entendido, praticado e incorporado e que estes sejam multiplicadores sustentáveis para os seus pares (família, vizinhos e pessoas do seu interesse). Estabelecer as perspectivas para os trabalhadores e determinar código de ética e conduta, bem como, boas práticas de combate a corrupção, trabalho infantil, escravo, discriminação de qualquer ordem e respeito ao ser humano.
  • Órgãos reguladores: Cumprimento da legislação, gestão ambiental e de resíduos e minimizar os impactos atuais: Emissão de CO2, reciclagem, reaproveitamento e ou transformação.
  • Acionistas ou sócios: Apresentar indicadores financeiros, ambientais e sociais.
  • Consumidor: Estabelecer canal oficial de transparência para os consumidores tomarem conhecimento sobre indicadores e evidências sobre os impactos positivos gerados relacionados às principais atividades econômicas e, quando aplicável, apresentar plano de ação, para minimizar ou mitigar os impactos ambientais, ainda resultantes dos processos.
  • Comunidade: Estabelecer parceria com a comunidade e promover o desenvolvimento local.
  • Escolas e academias: Estabelecer parcerias para pesquisa, desenvolvimento e inovação visando novas oportunidades no ecossistema.
  • Sindicatos: Assegurar o cumprimento de todos os envolvidos e diálogo aberto para entender as demandas.
  • Fornecedores: Manter relação de fornecimento sustentável e não apenas predatória, contribuindo para girar a economia (micro e macro).
  • Imprensa: Estabelecer canais de comunicação para dar publicidade aos fatos relevante e oficiais sobre a companhia, principalmente, evitando, fake news.
  • Concorrentes: Estabelecer e buscar parcerias estratégicas, quando aplicável, pois, o mundo está em constante mudança. Concorrência é fundamental para elevar o padrão de qualidade do que é fornecido para a sociedade.
  • Entidades de classe: Fortalecer e participar ativamente junto às entidades de classe em prol do desenvolvimento econômico, social e ambiental. Uma andorinha só não faz verão…
  • Organizações sociais: Buscar entender, participar e estimular (voluntariado em todas as suas formas) o apoio a projetos e ações que visem melhorar a qualidade de vida das pessoas, a vida no planeta e contribuir para atingir as ODS’s - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.
  • Influenciadores: Contribuir com soluções verdadeiramente focadas em resolver problemas da sociedade e do planeta.
  • Governos: Ter responsabilidade fiscal para permitir o desenvolvimento estrutural para uma nação mais justa, fraterna e de oportunidades.

Sabemos que estamos apenas neste novo desafio, mas temos certeza de que juntos vamos mais longe do que sozinhos. Vivemos no mesmo meio ambiente, não podemos esquecer que o que é feito aqui impacta lá e vice e versa.

Se faz sentido para você, sua companhia e família, comente, critique, faça sua sugestão e compartilhe com quem precisa enxergar que é mais fácil começar do que parece. Conte com nossa equipe de especialistas em gestão de resíduos!


Christian José Sabino

COO Startup Destine já

contato@destineja.com.br

27 99658-7076

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