Governança e o Conselho em Empresas Familiares
A Empresa Familiar e o seu Clico de Desenvolvimento
A empresa familiar é quando o controle e as decisões operativas estão na mão de uma ou mais pessoas da família.
No Brasil, 90% das empresa nascem familiares, representam 65% do PIB brasileiro e empregam 75% da mão-de-obra brasileira. Dessas, 70% não sobrevivem após a geração do fundador e apenas 5% chegam à 3ª geração.
Para se estudar governança em empresas familiares, vale-se remeter ao modelo dos 3 círculos de John Davis e Renato Tagiuri, que foi desenvolvido em Harvard muitos anos atrás e que ainda representa de maneira bastante consistente o contexto das empresas familiares, conforme a figura abaixo:
Na linha do tempo da empresa familiar, esse modelo de 3 círculos tende a ganhar maior complexidade na medida que as novas gerações da família surgem e as questões que podem gerar conflitos e desbalancear as relações pessoais não são tratadas de forma adequada.
Tais questões são como bombas relógios e, em grande parte, explica os motivos pelos quais a grande maioria das empresas não chegam e/ou sobrevivem até a terceira geração. Para entender um pouco dos motivos, vale entender algumas características, riscos e vícios em cada momento do ciclo de vida da empresa familiar, vide o momento de cada geração.
1ª Geração
2ª Geração
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3ª Geração
Sucessão da empresa mexe com Ego, Poder e Dinheiro, fazendo com que os conflitos florescem e crescem na medida que as gerações aumentam e as causas de conflitos não são tratadas adequadamente.
Governança em Empresas Familiares e os Conselhos
O Conselho acaba sendo uma das principais ferramentas da Governança e no contexto da empresa familiar, normalmente opta-se iniciar pelo Conselho de Família e/ou Conselho Consultivo, como ferramentas para tratar aspectos e pilares da Governança, a Sucessão, a transição entre gerações e melhor gestão da propriedade. Na medida que o modelo evoluí, pode-se pensar em Conselho de Herdeiros, Conselho de Sócios ou Conselho de Administração.
Normalmente, o empreendedor familiar busca governança ou um suporte em Conselho, quando a empresa necessita de suporte em relação a certos assuntos, como:
Como conselheiros de empresas familiares, necessitamos entender a cadeia de comando da empresa, bem como compreender os interesses e demandas da empresa e os interesses individuais de sócios, herdeiros e gestores das empresas, sempre observando os princípios da Governança Corporativa e as relações e impactos que podem gerar entre os subsistemas da Empresa, Família e Propriedade. Como conselheiro, deve-se recomendar, atuar no convencimento, buscando alinhamentos e acordos entre as partes envolvidas, priorizando ações de maior retorno e menor esforço.
A circunstância do momento da empresa, vai definir o tipo de Conselho a ser implementado para a empresa. Quando da sua formação, é relevante compor com Conselheiros Independentes para se ter isenção, mediação, equilíbrio, alerta e foco no negócio. O papel do Conselho é estratégico, deve olhar para o futuro do negócio, para a sua evolução, crescimento e sustentabilidade. Além disso, deve-se ter o foco na longevidade, manutenção da convivência da família, proteção do patrimônio das famílias e da sociedade e manutenção do legado. A reputação do conselheiro está relacionada à reputação da empresa.
Perfil do Conselheiro que atende empresas familiares
· Relacionamento interpessoal – terá que ter contato e relacionamento com os diferentes membros da família
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