A Guerra Tecnológica parte 5-Quem quer Bitcoin?
O dinheiro é a consequência do oferecimento de serviços e produção de bens materiais e também imateriais. Ao longo dos séculos as moedas foram mudando de nome, de cotação e de significado no aspecto político. O estabelecimento de uma moeda única pode levar a novas formas de negociação, contemplando uma função universal de base de troca e acúmulo de capital.
E desse ponto que passamos a discutir o que pode estar sendo tratado por políticos e agentes de vários segmentos de atuação comercial: a adoção de uma moeda global e virtual, o Bitcoin. A hegemonia em uma dinâmica de mercado reflete na unificação de decisões políticas e de identidade nacional. Por que teríamos a adoção de câmbios diferentes se a moeda é a mesma? Uma nova padronização mexe com as estruturas em âmbito econômico, social, jurídico e político.
As crises ou mudanças de diretrizes econômicas podem propiciar a adoção de uma moeda virtual. Lançamos nossos olhares sobre o Reino Unido e China. Essas duas nações já tem um porcentual alto de usuários desse novo sistema comercial e são protagonistas de mudanças econômicas causadas pelas crises econômicas no bloco Europeu e o fim do ciclo de alta das commodities, respectivamente.
Os protagonistas do mercado mundial serão aqueles que adotarem primeiro esse sistema e serão eles quem ditarão as regras de mercado. O terreno é fértil para que as moedas virtuais deem novo tom à ordem econômica vigente.
Cada país deverá criar sua própria moeda virtual, novas formas de negociação e concepção de novos tipos de investimentos, que permitirão o seu crescimento interno e a saída de crises econômicas. Além disso, a moeda virtual pode soar como um corretivo moral àqueles que corrompem o sistema político, pois o dinheiro, em formato físico, perderá o valor.
As questões que podem ser um problema futuro são a segurança, visto que os dispositivos estarão mais sensíveis à ataques virtuais na Era da Internet das Coisas, e a privacidade. Nada que não possa ser solucionado e respaldado juridicamente. Preserva-se assim o indivíduo, dando maior poder em relação aos seus investimentos e transações.
Não podemos temer o futuro se nos prepararmos para ele. Caso contrário, o efeito poderá ser desastroso, reprimindo o indivíduo de produzir e receber o que lhe é de direito.
Por Mylena Peron
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