Humano?

Are you human – or d’you make it up? é meu verso de música favorito. E é por fraqueza, não por falta de franqueza, que não deixo aqui, em registro, minha resposta.

Por sorte o mundo é pleno de honestos bem mais corajosos que eu; e também de sensíveis bem mais engajados – como o fotógrafo, jornalista, repórter e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand que dedicou toda poesia de seu olhar tocante e toda força de sua já reconhecida fama para nos capturar e retratar humanos – desses que se sabem e vivem verdades, de verdade, seres que são!

Como essa africana de olhos brilhantes que, assim como eu, fica feliz quando chove!

A italiana, que, de novo também como eu, prefere não se ver como sexo frágil, apesar de reconhecer que ainda não estamos nem quase lá quando o assunto é igualdade entre sexos. 

Ou nosso vizinho de baixo, de quem o brado “Dentro!” é infinitamente mais alto que nossos histéricos gritos de “Fora!”...

E muitos outros belos, rostos apenas (sem nome, sem título, sem lugar e sem data), retratos com histórias, humanos, corados numa belíssima produção muito além do documentário: serviço de utilidade pública!, lembrete urgente, apelo pungente ao que temos de mais intrínseco e ainda assim cada vez mais tão ignorado - nossa natureza

humana.