HUMOR DOS BRASILEIROS

As cortinas de 2021 estão quase fechando. É hora de preparar as informações para o balanço do ano e pensar como será o próximo. Vamos ver como está o humor do eleitor para entrar em 2022 e votar nas eleições de outubro?

O humor do título não tem nada com o nosso espírito brincalhão, que nos leva a fazer piadas sobre quase tudo. Trata-se do nosso estado de espírito, consequência da pandemia, e como isto vai afetar nossas decisões nas próximas eleições. Emprestei o conceito e principais informações de uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa e Opinião, que foi apresentada pela diretora Elis Radmann, em um evento promovido pela Cabanellos Advocacia, ambos de Porto Alegre. Embora as informações tenham sido coletadas somente no Rio Grande do Sul, podem ser extrapoladas para todo o Brasil.

PALAVRAS-CHAVE

Nós externamos nosso humor por meio de algumas palavras. Vejamos como isto mudou, ao longo dos últimos meses.

• Início da pandemia: preocupação, medo e esperança.
• Após um ano de pandemia: exaustão, indignação e esperança.
• Com o avanço da vacinação: superação, e esperança.

Importante que da preocupação, passamos para a superação. Mas nunca perdemos a esperança, que faz parte do nosso perfil otimista, que deve ter inspirado a frase: Deus é brasileiro.

PRINCIPAIS IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS

Os dois principais impactos na vida dos gaúchos foram:  econômico/financeiro (24,6%), seguido da saúde emocional/mental (23,8%), mas que variou dependendo do poder econômico. Os que ganham de 3 a 5 salários mínimos foram os mais afetados no aspecto econômico (27.9%), enquanto os mais ricos, com rendimentos acima de 6 salários mínimos, foram mais afetados na saúde mental e emocional (36.8%). Uma grande parte, entende que aulas remotas, home office, compras online e até consultas por telemedicina, já fazem parte da nossa vida.

O QUE MUDOU NA POLÍTICA?

O objetivo dos políticos de todas as matizes ideológicas e fisiológicas do Brasil pode ser resumido em uma frase do livro O Leopardo, de Giuseppe di Lampedusa: “Se quisermos que tudo continue como está, é preciso que tudo mude”. Aqui as revoluções não se revolucionam e as mudanças mudam o mínimo possível, para que os que já estavam abocanhando a maior parte dos recursos do Estado continuem assim, ou se possível, possam mamar ainda mais. Por isto, não é nenhuma surpresa que o eleitor não acredite e criminalize a classe política, desconfie das instituições e da eficiência da democracia. Por tudo isto, usa o jeitinho brasileiro para se aproveitar do que pode, já que os políticos o fazem. Nós, são-bentenses, estamos vivenciando isto na gestão municipal, que prometeu mudar tudo, só para tudo ficar no mesmo lugar, apenas com alguns nomes novos. Em resumo, o eleitor avalia o Estado Brasileiro como corrupto, burocrático, que não entrega serviços de qualidade em troca dos altos impostos e controlado por uma casta de privilegiados que usurpam seu dinheiro. Como consequência o eleitor está intolerante, indignado, apático e quer distância da política.

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS       

O advogado Luis Henrique Cabanellos, sócio da Cabanellos Advocacia, resumiu bem o cenário de uma terceira via para Bolsonaro e Lula: “É terceira, porque duas na frente”. Traduzindo por minha conta: nenhum candidato da chamada terceira via chegará no segundo turno. Os dois protagonistas tem o seguinte perfil, segundo os eleitores gaúchos:

Bolsonaro: representa o brasileiro indignado por defender uma política de segurança pública para combater a criminalidade, defesa da família e dos valores cristãos e o liberalismo. Este último, na minha modesta opinião foi sepultado pelo Posto Ipiranga, com o Teto dos Gastos mandado às favas.

Lula: é lembrado pelos programas sociais (Bolsa Família e outros), pelo crescimento do país nos seus mandatos, pela defesa dos direitos humanos e pela ala ideológica do partido. De saída podemos concluir que o eleitor tem memória curta, já que o país se afundou na maior crise econômica da história, no (des) governo do poste que ele colocou como sucessora.   

Baseado nos últimos movimentos dos principais candidatos, surgem as seguintes dúvidas: 

1. João Doria, como candidato tucano, deve fechar a porta da união para a terceira via?
2. Como o eleitor reagirá se Bolsonaro entrar no partido de um dos maiores corruptos do Brasil?
3. Quantos vão engolir Lula com Alckmin como possível vice?  

ENQUANTO OS POLÍTICOS DIVIDEM O BUTIM, O POVO SOFRE COM A INFLAÇÃO E O DESEMPREGO.

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Sou Ismar Becker, empresário, conselheiro, mentor, estudei em Harvard Business School, no curso de Owner and President Management Program. Sou especialista no mercado de cerâmica em mais de 70 países e acumulo experiência de mais de 40 anos de viagens pelo mundo. A experiência e conhecimento que adquiri, e continuo a ganhar diariamente, busco repassar às pessoas e empresas por meio de uma visão cosmopolita e holística em novos desafios.