Impacto do Modismo e Pseudo-Ciência na Gestão de Negócios
Empresa modismos e falta de resultados, vivemos em uma sociedade extremamente conectada, ansiosa por novidades, fissurada em ter um novo top hit a cada momento, isso se dá também dentro das empresas, onde reportagens ou livros dos gurus do momento viram moda dentro das organizações.
Como um pequeno exemplo vamos citar uma pequena questão, quantas vezes paramos para buscar entender as bases reais do que nos é mostrado?
Nossa sociedade está tão ávida em informações que perdeu aquele ceticismo e a curiosidade salvador em prol de acatar modismos mesmo que de forma inconsciente.
O elemento mais importante dentro dos mais variados processos termina sendo o ser humano, ele pode facilitar projetos e ou criar infernos com seus atos, decorrentes de percepções verdadeiras ou falsas.
Falando de pessoas, lembramos de seus valores, competências, suas experiências de vida, anseios, qualidades e falhas, elementos personalíssimos, jamais globais integrantes de qualquer tipo de coletivo.
Por exemplo: Pessoas são tímidas, jamais gerações - Pessoas são motivadas por desafios, jamais gerações.
Toda vez que leio reportagens falando sobre Geração X, Y, Z, xpto, paro para imaginar até que ponto podemos reunir qualidades, em um processo de coletivização, a ponto de atribuir atitudes a gerações e não a pessoas.
Nessa linha existe uma reportagem da The Economist, datada de 01 de agosto de 2015, mostra as conclusões da consultoria CEB que entrevista 90 mil funcionários de empresas americanas trimestralmente, eles chegam a conclusão de que as características atribuídas a geração Y são falaciosas quando comparadas a realidade.
“O mito da geração colaborativa rui um pouco quando 37% diz que “não confia no input dos colegas no trabalho”, contra uma média de 26% de outras gerações..
Além disso, 59% dos millenials disseram que competição é aquilo que “faz eles acordarem de manhã”, contra 50% da geração anterior. 58% disseram que comparam sua performance com seus pares, contra 48% de outras gerações.
Sobre a ideia de não se preocupar com carreira: 33% dos millenials disseram que colocam as possibilidades futuras de carreira nas suas cinco principais razões para escolher um trabalho, comparado com 21% de outras gerações.
Responsabilidade corporativa aparece entre as prioridades de 35% dos millennials contra 41% dos baby-boomers.”
“Outra pesquisa citada pela The Economist, feita pelo Centre for Creative Leadership e a University of Southern California com 25 mil pessoas em 22 países apontou outros dados que não encaixam na narrativa sobre a geração Y vendida nos últimos anos.
Por exemplo, 41% dos millennials disseram aos pesquisadores que os empregados “devem fazer o que os seus gerentes dizem para eles, mesmo quando eles não conseguem ver a razão”, comparando com 30% de baby boomers e 30% da geração X (aqueles nascidos entre o meio dos anos 60s e 80s). ”
Conceitos:
- “A geração Y é mais propenso a ser multitarefas que as demais” – O que dizer de Leonardo da Vinci? Ele nasceu em século errado?
- “Ligados em Tecnologia” – Pobres Bill Gates e Steve Jobs... eles também nasceram em século errado?
O quando modismos são internalizados por você e por sua empresa sem que tenham base científica comprovada?
O quanto a internalização de modismos, sem comprovação científica, tem interferido na seleção de quadros de sua empresa?
Eu creio em dados, em elementos científicos, o resto deve ser analisado, mas sempre sob o crivo crítico da razão, para estar aberto a novas possibilidades, mas apenas as que se enquadram realmente no mundo real, e não as que residem exclusivamente no universo dos gurus show men e dos empreendedores de palco.
Gestor de Ativos e Manutenção | Engenheiro Mecânico | Lean Six Sigma | Black Belt | Mineração | Retired
7 aShow! A humanidade tem ciclos, mas acho que estão exagerando nos estereótipos modernos.
Professora de Hatha Yoga
7 aA necessidade de rótulos é incrível. Somos e seremos sempre INDIVÍDUOS e não massa. E como tal, temos potencial criativo e de realização. Em conjunto, alcançamos o inimaginável! Adorei seu texto, penso como você.