Importância de combater a psicofobia no ambiente de trabalho
Em 2009 tive a honra de entrevistar o saudoso psiquiatra Dr. Paulo Gaudencio para o meu livro A Reinvenção do Profissional, que seria lançado um ano depois.
Em nossa conversa, falamos sobre muitos aspectos comportamentais no mundo corporativo. Umas das perguntas que fiz a ele foi: “Dr, o que falta para as pessoas serem felizes no trabalho?”. Ele, sem pestanejar, respondeu: “as pessoas somente serão felizes no trabalho quando puderem sentir e expor as suas emoções”.
14 anos depois, aqui estamos falando sobre psicofobia. Ainda hoje, lidamos o preconceito sobre pessoas que têm algum transtorno mental. No mundo corporativo somos treinados a sermos super-humanos, que não sentem medo, raiva, angústia, tristeza, enfim, precisamos estar sempre motivados e prontos para o próximo desafio.
Em minhas palestras pelo Brasil, faço questão de levar uma frase comigo: VOCÊ NÃO VAI DAR RESULTADO O TEMPO TODO!
Ao apresentar esse slide, noto o desconforto dos gestores comerciais, pois não era bem isso que eles queriam que eu dissesse para seu times. Seria melhor dizer: “Bora, foco no resultado”, “Seja o número 1 sempre”, “Olhe-se no espelho todos os dias elogie-se”, “Não aceite nada menos do que o topo”… e por aí vai.
Mas, eu trato rapidamente de explicar a frase. Ninguém, absolutamente ninguém, será feliz e realizado o tempo todo. Nem mesmo aquele profissional de performance exemplar, mantém-se em alto nível sempre. Reconhecer isso é poder. Quando negligenciamos as nossas emoções, estamos tirando de nós a oportunidade de amadurecer e nos revigorar.
As empresas precisam compreender que toda conversa difícil que não temos, torna-se cada dia mais difícil.
Proporcionar um ambiente emocionalmente saudável, significa trazer para a mesa uma conversa franca e humana sobre saúde mental. Quando as pessoas sentem-se livres para expor seus sentimentos e não são estereotipadas por isso, o preconceito não encontra espaço para se instalar.
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O gestor precisa reconhecer que a psicofobia é uma realidade e ter a coragem de enfrentar o tema.
Algumas ações podem ajudar:
1. Proporcione conhecimento sobre o tema: a ignorância prejudica tudo. Quando as pessoas têm acesso a um conteúdo de qualidade sobre saúde mental, o preconceito dá lugar a empatia.
2. Promova discussões: sempre que possível, traga o debate para a mesa. Se não se considerar apto a isso, procure ajuda de um profissional da área, mas permuta que as pessoas externem suas aflições. Isso amadurece o time.
3. Tenha um interesse genuíno pelas pessoas: convidar para um café, perguntar como está a vida e ouvir, de fato, as pessoas abrirão um canal de comunicação vital para o bem-estar das pessoas.
Por fim, você, gestor, tenha a coragem de ser vulnerável também. As pessoas não querem um gestor super-humano, elas precisam de um ser humano.
Texto: Alê Prates.
Analista Operacional | Expedição | Programação e Planejamento operacional | White Belt- Six Sigma | Liderança e Gestão de Pessoas
1 aPerfeito!
Nutricionista Especialista em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos |Analista Sênior Excelência Operacional e Qualidade
1 aQue texto, só li verdades. Precisamos de pessoas humanas e não ser 100% todos os dias é e sempre foi normal, não somos robôs, é carne e osso, coração e sangue....perfeito texto para refletir 👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾
Arquiteta de Marca Pessoal | LinkedIn Creator | Designer de Narrativa de Carreira | Palestrante | Mentora | Consultora | Mestre em Comunicação | Branding Pessoal | Personal branding | @ana_marcapessoal
1 a"Proporcionar um ambiente emocionalmente saudável significa trazer para a mesa uma conversa franca e humana sobre saúde mental. ". Como o ambiente corporativo precisa disso!
Educação Executiva | Palestrante e Escritor | Co-Founder FUTURIZE | +1.000 palestras realizadas | +10.000 líderes treinados | Top 100 Influenciadores RH Summit | Top 100 People (Feedz) | Top 5 Liderança&Gestão (Favikon)
1 aPrecisamos sempre debater esse assunto, foi um prazer contribuir!