Incentivando a leitura e escrita sem friccionar as Novas Gerações
No Brasil, incentivar a leitura e a escrita é um desafio. Segundo dados do QEdu (2022), apenas 36% dos estudantes que concluem o ensino fundamental II apresentam proficiência adequada nessas habilidades, contabilizando tanto escolas públicas quanto privadas. Esse cenário tem explicações concretas: indicadores da média de livros inteiros lidos pelos brasileiros mostram que aqui esse número é 3x menor se comparado aos canadenses, por exemplo. Um resultado bem abaixo da média, segundo a pesquisa “Retratos da leitura no Brasil” de 2020.
É inegável que a leitura e a escrita desempenham um papel fundamental na formação do indivíduo. Além de serem ferramentas essenciais para o aprendizado e para o acesso ao conhecimento, elas exercem influência direta na capacidade de comunicação e expressão dos estudantes. No entanto, muitos jovens enfrentam dificuldades nesses aspectos, seja por falta de estímulo ou problemas estruturais na educação.
Essa realidade não deve ser encarada como problema exclusivo dos professores de língua portuguesa, já que afeta diretamente o desempenho de estudantes em outras disciplinas que também requerem a interpretação de enunciados, leitura de livros e respostas discursivas.
Todos os professores precisam dialogar para, juntos, buscarem meios para incentivar a leitura e a escrita dentro e fora da escola.
Um dos principais desafios reside em conciliar a necessidade de incentivar a leitura e a escrita com a realidade cotidiana dos estudantes, que muitas vezes estão inseridos em contextos socioeconômicos desfavorecidos. Nesse sentido, é fundamental adotar abordagens que valorizem a diversidade de interesses e que tornem a leitura e a escrita atividades prazerosas e significativas.
Uma estratégia eficaz para incentivar a leitura é criar um ambiente acolhedor nas escolas e nas famílias, construindo atividades em que os livros estejam em pauta principal e sejam vistos como fontes de prazer e conhecimento, respeitando as preferências individuais dos estudantes e oferecendo uma variedade de gêneros literários. Geralmente as escolas costumam adotar atividades tradicionais, como rodas de leitura, clubes do livro e discussões em sala de aula.
Essas foram as formas encontradas por educadores para despertar o interesse pela leitura e estimular o desenvolvimento do senso crítico e da imaginação. A grande questão é que a geração atual mudou e essas estratégias também precisam de atualização. O TikTok, o Smartphone, a Internet e as demais tecnologias foram criando um padrão de comportamento superficial que requer muita atenção.
Hoje em dia, parece que essa geração se resume a um vídeo de 30 segundos do TikTok. Os adolescentes não querem se aprofundar verdadeiramente em nada e sentem um profundo desinteresse naquilo que requer tempo para ser compreendido, afirma Eduardo Bueno, em mesa redonda do LER - Festival do Leitor, em 2022.
As mídias sociais trouxeram inegáveis benefícios, mas também malefícios proporcionalmente perigosos, e não podemos fazer vista grossa. A facilidade com que a informação é transmitida nos novos meios tecnológicos de comunicação vem diminuindo consideravelmente a proatividade dos jovens na busca de conhecimento. Por isso, é preciso criar meios para conter o êxodo nos hábitos de leitura e escrita.
A tecnologia permitida de forma desorientada gera enormes prejuízos para a educação, então se faz necessário a criação de um caminho em que o processo de ensino-aprendizagem seja favorecido, permitindo que as novas tecnologias sejam vistas como um incentivo e estejam alinhadas aos interesses do educador.
É por isso que incentivar a leitura e escrita com as atividades tradicionais mais afastam do que aproximam os alunos e geram um sentimento de “nossa, que chato”. Afinal, o legal mesmo é o computador, o jogo do smartphone ou a conversa no Instagram.
Mas será que é possível utilizar o que é atrativo para os jovens para fortalecer o engajamento nas atividades de leitura e escrita?
Qualquer atividade educacional precisa de atualizações, isso porque o contexto, os avanços tecnológicos e culturais tornam os processos obsoletos. E, com o objetivo de construir algo moderno para as novas gerações, surge a nossa metodologia.
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Os estudantes são desafiados a criar jogos. O que leva os alunos a se envolverem nas atividades de leitura e escrita é a vontade de aprender sobre o tema para criar um bom game: divertido, interessante e relevante.
O jogo a ser criado pode ser baseado em um livro didático de alguma disciplina, obra literária ou em alguma das 20 trilhas de aprendizagem disponíveis na plataforma FazGame.
Como funciona?
O processo de criação é uma experiência de aprendizagem imersiva para estudantes. Sem sentir, eles aprendem o conteúdo do tema do jogo e ainda melhoram a proficiência em leitura e escrita. A plataforma FazGame gera indicadores e métricas de aprendizagem para que o educador acompanhe a evolução dos estudantes e possa entender em que lugar a turma está, além de poder identificar quem mais precisa de suporte. Veja alguns dos indicadores disponíveis:
No gráfico de pizza, é possível analisar os tipos de erros de escrita mais comuns entre as turmas. Já no gráfico de barra, são apresentados os alunos que mais necessitam de atenção devido à quantidade de erros identificados pelas intervenções da Inteligência Artificial. Dois exemplos de indicadores, entre muitos oferecidos pela plataforma.
Para superar o desafio de incentivar a leitura e a escrita sem friccionar, é necessário uma estratégia assertiva que engaje os estudantes e permita que professores de todas as disciplinas se juntem para criar um ambiente leitor e escritor. O incentivo à leitura e à escrita não deve ser encarado como uma responsabilidade exclusiva do docente de língua portuguesa, mas sim como uma causa coletiva em prol do desenvolvimento humano.
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