INDUSTRIA 4.0, uma oportunidade única para todos!!

INDUSTRIA 4.0, uma oportunidade única para todos!!

INDUSTRIA 4.0, UMA REFLEXÃO!!


Nos últimos meses tenho assiduamente falado sobre a INDUSTRIA 4.0 e mostrado cases brasileiros de STARTUPS E FINTECHS, que caminham para o sucesso, muitas delas já sendo chamadas de UNICÓRNIOS pelo valuation acima de US$1 bilhão.

É certo que no Brasil, há uma predominância de FINTECHS, muito pela peculiaridade do mercado, que trabalha com altos spreads e geram ganhos instantâneos as mesmas, muito diferente de outros setores, onde empresas tem que ser disruptivas, inovar e incluir e por isto passam por um ciclo de crescimento, dando durante um tempo prejuízos contábeis.

Nada contra empreendedores que viram uma oportunidade única nas FINTECHS, mas prefiro chamar a maioria delas de BANCOS DIGITAIS, porque ao invés de serem disruptivas, inovar e incluir, simplesmente estão replicando o modelo arcaico de BANCOS TRADICIONAIS BRASILEIROS, para o mundo digital. E é isto que chamo de "AGIOTAS DIGITAIS"!

Voltando as Startups disruptivas, temos uma gama delas trabalhando para trazer novas técnicas de desenvolvimento para a agricultura, medicina, direito, logística e distribuição, serviços, AI etc. e é sobre elas que quero me ater.

Segundo um colega, anjo investidor, somente um em cada 10 startups tem realmente sucesso. Se levarmos em consideração o número de unicórnios, que estão aparecendo no mercado Brasileiro, concluímos que o Brasil tem se tornado um mercado interessante para isto e a prova são os investimentos feitos no setor, principalmente os capitaneados pelo SOFTBANK, uma verdadeira grife entre investidores.

Sob este preceito, de que uma em cada dez empresas têm realmente sucesso, tenho estudado e chegado a algumas conclusões, que podem ajudar novos empreendedores.

Como tudo que é novo, existe um Modus Operandi por trás da formatação de Startups. Primeiro a figura do entrepreneur a sua maioria jovens, que com uma boa ideia, trabalham arduamente para colocá-las em prática. Nada mais natural, que neste primeiro momento eles se aliem a outros jovens, para tocar sua ideia, até por questão de custos e a dificuldade para convencer executivos sêniores a se arriscar nesta empreitada.

Formatada esta nova ideia, eles procuram investidores, na sua maioria fundos de investimento, que compram perto de 10% do seu capital, baseados ainda em um sonho.

Na minha experiência, este é o momento certo, para que estes jovens se aliem a quem tem conhecimento tácito, mesmo que em empresas consolidadas, para dar maior visibilidade e previsibilidade ao empreendimento.

São muitas as boas ideias, mas uma coisa é ter uma boa ideia e outra é por em prática e conseguir investidores e principalmente mostrar a viabilidade das mesmas.

Para mim é inconcebível, que fundos como os do SOFTBANK coloquem dinheiro em Startups, sem uma contrapartida em termos de gestão. E agora estou falando no momento pós injeção de investidores, que hoje estão atingindo cifras bilionárias.

É bem verdade, que a maioria dos fundos, só estão preocupados com o futuro IPO ou DPO e portanto acham irrelevante uma gestão, que pensa em entregar resultados futuros. Mas conforme o tempo passa, as coisas estão mudando e ninguém quer entrar em uma bolha de investimento.

Todas empresas deveriam em contrapartida ao investimento, ter um Board composto por membros profissionais, independentes e que ajudem estes empreendedores a gerar resultados futuros para seus acionistas, assim como foi propagado por Larry Fink , Ceo da BlackRock, maior gestora de fundos do mundo ( US$7 trilhões) .

A junção dos entrepreneurs, com os portadores de conhecimento tácito é vital para o sucesso destes empreendimentos e minimiza a possibilidade de fracasso.

Por experiência própria, sei que é possível para executivos sêniores, entender e participar desta nova revolução e para isto a primeira coisa a fazer é uma melhora nas suas habilidades técnicas, nos moldes daquilo que esta revolução necessita e francamente, isto só ocorrerá se mergulharmos de cabeça e fizermos cursos para obtermos conhecimento necessário para entender e participar da INDUSTRIA 4.0. Só como exemplo, já fiz algo perto de 40 cursos e vou continuar sem atrapalhar em nada minha vida profissional, muito pelo contrário.

Hoje através das principais Universidades do mundo, existe um esforço constante para que este tipo de conhecimento seja propagado no mundo e nisto o conhecimento tácito ajuda e muito. Os cursos podem ser presenciais ou E-learning, que atingiu um grau de qualidade sem precedentes através da EDX, por exemplo.

Apesar da falta de compreensão de entrepreneurs, em se conectar com executivos sêniores esta verdade é compartilhada pelo outro lado, acostumados ao conforto de dirigir empresas consolidadas e com prestígio. Literalmente viver do passado!

Muitos, não querem colocar sua segurança em jogo e, portanto, estarão fora do mercado em um prazo muito curto. Mas há aqueles, que querem mudar sua rotina e sabem que investimento ou valuation de US$ 1 bilhão é difícil de encontrar, até em empresas mais consolidadas e uma oportunidade de mercado e pessoal.

Minha tese é que estamos perdendo tempo e talento, enquanto os dois lados entrepreneurs e portadores de conhecimento tácito não trabalharem por uma causa comum e acho que neste ponto, investidores tem que colocar isto como objetivo estratégico, até porque a cada dia que passa a cada IPO ou DPO, o mercado estuda com uma lupa a capacitação tanto da diretoria executiva como do Board, para sua Valuation e com o ESG INDEX isto vai piorar e muito!!


Obs: Estamos vendo e vivendo a maior perda de conhecimento tácito da história, com a aposentadoria da geração dos Baby Boomers, minha geração.

Infelizmente, a maioria das empresas não se preparou para tal ocasião e repentinamente acordam e descobrem que estão em péssima situação.

Tivemos um insight com a situação da Kraft Heinz, que ao perder o conhecimento tácito pelo empenho em corte de custos, não sob compensar seu esforço, mudando a gestão para a gestão de análise do BIG DATA BASE via KNOWLEDGE MANAGEMENT e BEHAVIORAL ANALYSIS. Com isto se distânciou do consumidor e perdeu valor de mercado.

Não vou discutir as técnicas de absorção de conhecimento tácito por empresas, mas acho que neste início, onde Startups estão sendo disruptivos, existe sim oportunidades para ambas as parte.

De um lado o entrepreneurship dos Millennials e o conhecimento tácito dos Baby Boomers!!

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