A inovação como parceira da competitividade

A inovação como parceira da competitividade

Quando paramos para analisar o cenário econômico de um país é possível compreender a diversidade de fatores que influenciam o seu crescimento. Ambiente fiscal e tributário, estabilidade política, balança comercial, gastos públicos e investimentos privados, por exemplo, são alguns dos fatores sempre lembrados por especialistas.

No que concerne ao Brasil, para além de todos estas questões - sem dúvidas, relevantes -, um ponto merece especial atenção diante da nova dinâmica social do país: a produtividade. Em um momento de menor expansão demográfica, o crescimento do PIB brasileiro, assim como em nações de primeiro mundo, dependerá, em grande parte, do potencial produtivo de nossa população.

Tal observação foi lançada pela McKinsey ainda em 2014, através de estudo que identificou que a expansão do PIB brasileiro poderia ter sido 45% maior entre 1990 e 2010, não fosse o baixo índice de produtividade nacional. Dito isso, e levando em conta o processo de redução do crescimento demográfico citado acima, qual a saída que as empresas brasileiras podem buscar para aumentar sua competitividade e, consequentemente, fortalecer a economia nacional?

De sorte que a resposta para esta pergunta não só tem um nome, como já vem sendo aplicada, gradualmente, por companhias ao redor do país. Estou falando da tecnologia e, mais precisamente, de uma cultura de inovação cada vez mais valorizada pelo mercado.

Pensemos, por exemplo, na indústria. Ao longo de muitos anos trabalhando com a pesquisa, desenvolvimento e comercialização de produtos e soluções para o setor médico, elétrico, eletrônico e automobilístico, um de meus principais focos de atuação foi justamente identificar de que forma os processos internos de uma organização poderiam ser otimizados por meio de produtos capazes de tornar uma empresa mais eficiente.

O crucial em todo este caminho é demonstrar para as companhias brasileiras o quanto elas podem obter de retornos econômicos através de soluções de qualidade que as tornem mais produtivas e que reduzam seus custos diretos e indiretos.

Apenas para citar um exemplo concreto, quando uma determinada empresa opta por utilizar colas e selantes especiais em seus processos industriais, os ganhos desta companhia passam a abarcar produtividade (graças a fixação e cura extremamente ágeis), durabilidade (devido à maior resistência química, térmica e de aderência), além da própria melhoria na qualidade e redução de rejeitos. Em última instância, tais empresas passarão a oferecer produtos com alto diferencial competitivo, produzidos de modo mais eficiente.        

Este exemplo é interessante para traduzir o quanto a inovação é, de fato, uma parceira da competitividade. Quando pensamos nas possibilidades advindas da automatização, Inteligência Artificial e integração de tecnologias para diferentes áreas, o leque de oportunidades para as empresas só aumenta e as chances de fortalecemos o crescimento econômico do país, mesmo diante dos desafios apresentados pelo mercado e pelo ambiente interno, se amplificam consideravelmente.

Por tudo isso, uma cultura de maior criatividade e espírito inovador deve ser buscada de modo premente pelas empresas. Enxergar formas de aplicar novos conhecimentos, estar aberto para implementar soluções e mudanças em processos, e ter coragem para abraçar o novo, não envolvem apenas uma questão de escolha, mas tratam-se, isso sim, das forças motrizes de um mundo em transformação. 


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