INSUBSTITUÍVEL
Desde 2014, a partir da Operação Lava Jato, a expressão "compliance" se tornou comum na mídia. O Brasil adora importar expressões em inglês a fim de gerar um status ao que antes não se dava atenção.
“Compliance” nada mais é que “Controle Interno”. Trata-se da atividade de conferir se todos os passos da instituição, seja empresa, órgão público ou até pessoa física, estão seguindo todas as normas e códigos de ética que precisa.
Além disso, o compliance analisa os interesses envolvidos em todos os processos negociais, para verificar se não há conflito. Imagine um médico que ganha dinheiro para indicar determinado remédio. Sua atuação já não é pautada em conhecimento técnico, mas no interesse financeiro.
Situações como esta são encontradas nos mais variados setores, principalmente na administração pública. Isso abre caminho para as mais variadas áreas começarem a criar ferramentas para implantar programas de compliance. Os administradores oferecem ferramentas de gestão. Os Engenheiros oferecem sistemas de controle interno. Os advogados oferecem instruções normativas.
Compliance é uma área multidisciplinar, onde atuam desde advogados, contadores, psicólogos e diversos profissionais. Não estou causando demérito nas ferramentas criadas. O que quero ressaltar é que a raiz do problema que o compliance tenta resolver se chama “maldade humana”. Segundo a Bíblia Sagrada: "concupiscência da carne”.
Portanto, não se trata de algo novo, mas muito antigo. Então, por que o mundo ainda vive em crise, na tentativa de melhorar mas sem conseguir êxito no processo? Por que, por exemplo, crises financeiras, engendradas por corrupção sistêmica no setor bancário, ainda é realidade em nossos dias?
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Primeiro porque aqueles que estão no poder não querem mudar tal realidade. Em muitas áreas, seja na iniciativa privada ou na pública, o poder é dado a quem atende a determinados interesses de natureza escusa. Os que têm mais dinheiro financiam seus próprios interesses em determinados setores.
Então, criar um programa de compliance não é suficiente. É necessário que pessoas íntegras se levantem e lutem contra o status quo inescrupuloso que se instalou. Não há programa de compliance que substitua uma pessoa justa e íntegra. O papel aceita tudo, um sujeito honesto, não.
Sendo assim, o que as instituições precisam é de pessoas íntegras, que vão muito além de programas de “integridade” (sistemas de compliance são chamados de sistemas de integridade).
Haverá justiça quando pessoas justas se tornarem juízes. Não haverá corrupção, quando pessoas íntegras se tornarem líderes das organizações.
Nada substitui um coração íntegro, sincero, honesto e justo.
É por isso que nada conseguirá substituir o verdadeiro Cristianismo, puro e simples, que transforma um pecador num homem reto.