INTEGRAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DA ENGENHARIA NACIONAL
De pilares estruturais nós entendemos. Nos falta entender de sustentabilidade empresarial, pois, atualmente, corporações importantes, ditas modernas, sejam médias ou grandes empresas, vem utilizando, cada vez mais, os chamados Sistemas de Gestão Integrada, mais conhecidos como ERP (Enterprise Resource Planning), cujo objetivo é integrar todas as funções da empresa num único e grande sistema que utiliza um banco de dados, para armazenar todas as informações captadas. Essa integração não se resume apenas aos aspectos da Tecnologia de Informação. Abrange também as situações praticas, reais de produção. No campo corporativo, considerando ainda, o nosso mundo atual, com novos paradigmas derivados da globalização, nos países mais desenvolvidos, grandes e modernas empresas vem trilhando o caminho da “Sustentabilidade Empresarial”. Esta sustentabilidade não está relacionada, unicamente, ao meio ambiente. O conceito de desenvolvimento sustentável é mais amplo, e, engloba atitudes éticas, práticas que visem um crescimento econômico sem agredir o meio ambiente e também colaborar para o desenvolvimento da sociedade. Esse conceito é sustentado por três pilares: social, econômico e ambiental.
Chegou-se à conclusão que para se desenvolver de forma sustentável, uma empresa deve atuar de forma integrada, sob tais bases, interagindo de forma harmoniosa, nas três dimensões. Dentre outros aspectos, o pilar social está baseado em: Posturas cidadãs, Condutas éticas, Transparência, etc., justamente, atitudes inexistentes, que caracterizam os casos de corrupção de empresas brasileiras, (multinacionais que atuam na Engenharia) que vem sendo investigadas. Seguindo essa trilha da Gestão Integrada e da Sustentabilidade as normas ISO mais utilizadas, mundialmente, na certificação de grandes empresas (ISO 9001 de Gestão da Qualidade, ISO 14001 de Gestão Ambiental e ISO 45001 Gestão de Segurança Ocupacional) vem sendo atualizadas para conviverem numa base comum que tem fundamento nos conceitos mais modernos de gestão corporativa. Neste contexto, devemos citar também as normas ABNT NBR ISO 31000 de Gestão de riscos — Princípios e diretrizes e ABNT NBR ISO 26000, tratando de ISO 26000 – Diretrizes sobre Responsabilidade Social.
No que diz respeito aos riscos corporativos, o desempenho das grandes empresas brasileiras de engenharia serve, exatamente, para efeito de um “estudo de caso”, como exemplo negativo, desse empreendedorismo implantado sem uma fundação construída em terreno resistente. Nos resta, apenas, a expectativa de que a Engenharia Brasileira volte a crescer, de forma sustentável promovendo o enriquecimento das pessoas e organizações, de forma ética, sob as bases sólidas dos três pilares.