Inteligência Emocional
Inteligência emocional (IE) é a capacidade de observar, reconhecer e desenvolver a habilidade de responder as emoções de forma adequada, transformando o comportamento frente as situações vivenciadas em quais quer áreas da vida mais assertivos.
Cientificamente falando os conceitos de Inteligência Emocional começaram a ser estudados recentemente, na década de 1990 por Peter Salovey e John Mayer onde utilizaram este termo pela primeira vez. Porém, os conceitos apresentados por eles são antecedidos pelo termo Inteligência Social defendido por Thorndilke em torno de 1920, que ampliava o conceito de inteligência tradicional, aquela que conhecemos por QI que mensura a capacidade cognitiva, definindo-a como a capacidade do indivíduo de perceber adequadamente os próprios estados emocionais como também os das outras pessoas, podendo assim agir eficazmente, nos diversos contextos sociais.
Atualmente há diversas teorias que procuram explicar a IE, as mais relevantes são as apresentadas por Mayer e Salovey, Bar-on e Petrides, que em resumo a IE é dividida em áreas, cada uma com potências emocionais que devem ser trabalhadas e desenvolvidas, são elas:
1) Bem Estar: Autoestima - Felicidade – Otimismo
2) Autocontrole: Controle emocional - Gestão do Estresse - Controle da Impulsividade
3) Emotividade: Percepção da emoção - Empatia - Expressão da emoção
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4) Sociabilidade: Assertividade - Gestão da emoção - Consciência Social
Podendo ser acrescentados mais duas competências 1) Adaptabilidade 2) Automotivação.
As pesquisas em torno do assunto IE evidenciaram que equipes de trabalho com membros emocionalmente inteligentes tendem a ser mais coesas, comunicativas e inovadoras e seus integrantes tendem a se apoiarem mais uns nos outros. Além disso, comprovaram que a IE é essencial para a interação e a produtividade eficaz das equipes de trabalho, indicando que equipes com maior índice de IE se mostraram mais abertas aos feedbacks recebidos. Outro apontamento, demostrou que profissionais emocionalmente inteligentes regulam com maior efetividade a intensidade das suas exibições emocionais, garantindo que elas não excedam os limites estabelecidos pelos padrões da sua equipe de trabalho. Por fim, evidenciaram que a inteligência emocional do líder é de fundamental importância para o funcionamento eficaz da equipe, pois ela serve como motivador para as ações coletivas e facilita as relações de apoio entre os seus membros. (Melita Patri, Douglas Ferris, Ammeter, Buckley, 2003).
Diante de tais evidências, é imprescindível que as empresas e profissionais estejam atentos a tais competências, cooperando para o seu desenvolvimento e estimulando práticas que contribuam para sua análise e mensuração no contexto organizacional.
No mundo corporativo o termo IE está cada vez mais presente e tem se mostrado um conteúdo bastante relevante para profissionais e empresas que buscam elevar a performance, seja do seu empreendimento, pessoal ou da equipe de trabalho. Desenvolver as habilidades que elevam a IE agrega valor significativo pois traz qualidade ao negócio. Goleman (1995, 1998), afirmou que entre outras questões, as competências emocionais seriam as responsáveis por mais de 70% do bom desempenho profissional, tornando claro para o mundo corporativa a importância de se investir em treinamentos dos colaboradores, sobre tudo na sua liderança. Portanto a IE pode ser desenvolvida por meio de metodologia e inicia-se pelo autoconhecimento.