Inteligência Emocional na Prática

Segundo o Fórum Econômico Mundial (2024), a Inteligência Emocional se destaca entre as principais habilidades dos profissionais do futuro. Entre outras importantes habilidades estão: Aprendizagem ativa e estratégias de aprendizado; Pensamento analítico e inovação; Criatividade, originalidade e iniciativa; Liderança; Pensamento crítico; Resolução de problemas; Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade.

Em um contexto cada vez mais BANI (do acrônimo em inglês: Brittle Frágil, Anxious Ansioso, Nonlinear Não linear e Incomprehensible Incompreensível), a inteligência emocional tem se tornado cada vez mais reconhecida como uma habilidade essencial no mundo moderno, tanto no âmbito pessoal quanto profissional.

Daniel Goleman aponta que "a inteligência emocional é um conjunto de habilidades aprendidas e aprendíveis". É importante frisar que o cérebro é uma academia mental. Existe um fenômeno chamado neuroplasticidade, que basicamente diz: quanto mais você usa um circuito neural, mais forte ele se torna.

Então, na prática, o que exatamente significa ter inteligência emocional?

Em sua essência, a inteligência emocional refere-se à capacidade de reconhecer, entender e gerenciar nossas próprias emoções, assim como a capacidade de reconhecer, entender e influenciar as emoções dos outros.

“Entre o estímulo e a resposta está a liberdade de escolha.” Viktor Frankl

O controle das próprias emoções é um aspecto protetivo para as pessoas, posto que auxilia no controle da impulsividade. A relação entre a impulsividade e o controle emocional é inversa, ou seja, quanto maior o controle emocional, menor a impulsividade.

No contexto profissional, a inteligência emocional é frequentemente apontada como uma das principais habilidades dos líderes eficazes. Líderes com alta inteligência emocional são capazes de inspirar e motivar suas equipes, resolver conflitos de forma construtiva e adaptar-se às mudanças de forma resiliente.

Além disso, a inteligência emocional é uma habilidade valiosa em qualquer ambiente de trabalho, ajudando os profissionais a se comunicar de forma mais eficaz, trabalhar em equipe e gerenciar conflitos de maneira produtiva.

O hábito é a resposta padrão do cérebro para uma situação específica de desafio. Então, como podemos melhorar nossa inteligência emocional no dia a dia?

Aqui estão cinco dicas práticas:  

1.Pratique a autoconsciência: Dedique um tempo para refletir sobre suas emoções, identificar seus gatilhos emocionais e entender como suas emoções afetam seu comportamento e suas decisões.

2.Desenvolva a autogestão: Aprenda técnicas de regulação emocional, como a respiração profunda, a prática de mindfulness e o exercício físico regular. Isso ajudará você a manter a calma em situações estressantes e a tomar decisões mais equilibradas.

3.Aprimore suas habilidades interpessoais: Pratique a empatia, escutando ativamente os outros, tentando entender seus pontos de vista e mostrando compaixão e respeito em suas interações.

4.Aprenda a gerenciar conflitos de forma construtiva: Desenvolva habilidades de comunicação assertiva, aprenda a negociar e comprometer-se e evite a impulsividade em situações tensas.

5.Invista em desenvolvimento contínuo: Esteja aberto a receber feedback, aprender com suas experiências e buscar oportunidades de aprendizado e crescimento para aprimorar sua inteligência emocional ao longo do tempo.

Em resumo, a inteligência emocional é uma habilidade poderosa que pode enriquecer nossas vidas de várias maneiras, desde aprimorar nossos relacionamentos pessoais até impulsionar nossa carreira profissional.

Lembre-se: Somos pessoas! No desenvolvimento pessoal, a inteligência emocional desempenha um papel crucial na construção de relacionamentos saudáveis e na promoção do bem-estar emocional. Ao cultivar a autoconsciência e a autogestão, podemos tomar decisões mais informadas, lidar melhor com o estresse e construir conexões mais profundas e significativas com os outros.

Valter Bahia Filho é autor e especialista em Soft Skills

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