Internet das Coisas: desafios ou oportunidades?
Os números relacionados à Internet das Coisas (IoT, da sigla em inglês) são sempre na ‘casa dos bilhões’. Quando se analisam dispositivos, gadgets e sensores, especialistas do segmento tecnológico estimam que, até 2020, teremos no mundo 20 bilhões de devices conectados com faturamentos e receitas na casa dos trilhões já neste ano de 2015. Isso porque o assunto já não é visto como ‘tendência’ e sim como oportunidade e hoje venho propor uma reflexão tanto dos ganhos possíveis de serem obtidos, como empresas e/ou consumidores, mas também dos desafios a serem enfrentados com as implementações práticas.
Coincidentemente temos um grande factual a favor e, o melhor, nacionalmente: acaba de ser anunciado que o Governo Federal está avaliando a criação de um “Plano Nacional de Comunicação entre Máquinas e Internet das Coisas” (M2M e IoT) para fomentar à padronização de sistemas, criação de uma regulamentação para tratar de temas como privacidade, segurança e direitos do consumidor. Além disso, com o projeto será possível lançar programas de financiamento de soluções de IoT através de recursos do Funttel e o estímulo à adoção de soluções de IoT pelo setor público, por exemplo. Claro que ainda é uma possibilidade (que vejo também como um grande desafio, pois as companhias precisam desse incentivo para negócios relacionados), mas tratando-se de um assunto em desenvolvimento de um setor com tantos avanços constantes, podemos considerar essa análise como um ponto positivo no país.
Independentemente de quando esse plano será colocado, de fato, em prática a Internet das Coisas é repleta de oportunidades e pode auxiliar na solução de vários problemas, como transporte, energia, cidades inteligentes, saúde, segurança pública, entre outros setores, sempre baseada na tecnologia da informação. Esse ‘novo mundo da IoT’ irá criar uma explosão de novas informações que poderá ser usada para criar um mundo melhor e, claro, criação de demandas, serviços e oportunidades de trabalho em TI. Por isso, as estimativas são altas!
No começo deste mês o Mobifeed, blog da Pagtel, publicou um conteúdo de Samir El Rashidy, Diretor da Orange Business Services para América Latina, com dados do Gartner – que prevê que até o final do ano haverá cerca de 4.9 bilhões de “coisas” conectadas em todo o mundo, transformando a forma como trabalhamos e vivemos. Para o executivo, além dos segmentos que mencionei, os de máquinas de vendas automáticas e agricultura inteligente são alguns dos que podem se beneficiar da IoT. Entretanto é preciso estar suficientemente maduro para acompanhar as transformações e saber usar a favor as análises e dados coletados, ou seja, gerir essa nova realidade.
Em 2014, a Pagtel produziu e disseminou um documentário de tema “Internet das Coisas: futuro de um mundo hiperconectado”, antecipando diversos insights que discorri aqui hoje. Em pouco mais de oito minutos, o vídeo apresenta – entre outros nomes - Michael Rogers, futurologista do The New York Times, que afirma que “o próximo passo é a “virtualização” do mundo”. Já Rob Van Kranenburg diz que “a Internet das Coisas liga todas as portas de diferentes redes” e tem muita gente boa falando de geração de vestíveis, até a relação do ser humano com a tecnologia. Por que eu estou escrevendo sobre tudo isso? Para que você e sua empresa / organização em que atua comece a pensar hoje mesmo: o que posso fazer para tirar proveito da IoT desde já? Será que não tem gente já implementando? Você conhece casos de sucesso aqui no país? Compartilhe!
Especialista Analista sistemas embarcados, firmware
9 aElaboro um estudo permanente sobre ioT. Inclui um mapa dos requisitos, tecnologias e integração dos recursos, busco fontes de informação que esclarecem estes quesitos. Quem pode apoiar?