Intraempreendedorismo: é possível aplicá-lo na prática?
Por Ana Lídia Marques
Primeiramente você deve estar se perguntando: o que é intraempreendedorismo? Bom, em resumo, significa transformar os seus colaboradores em verdadeiros empreendedores dentro da sua própria empresa.
Não, isso não significa aproveitar a ideia do outro, mas fomentar a inovação, o diálogo e a integração das pessoas nas decisões importantes que envolvem a sua empresa. O prefixo “intra” significa estar dentro. Ou seja, aqui a via de mão dupla é, de fato, com o público interno.
Sabe aquele famoso termo “espírito de dono” tão usado hoje no mundo business? Pois é, quando aplicado de forma correta, ele resume a principal intenção do intraempreendedorismo.
Sim, inovar dentro da própria empresa é possível. Empreender internamente também é possível quando se aproveita os talentos de dentro seu próprio negócio
Como fazê-lo na prática?
A ideia é criar uma espécie de "comitê" para que esses colaboradores tenham a liberdade de inovar, criar, propor e experimentar como se a empresa fosse deles, como legítimos empreendedores.
Novos produtos, ideias, serviços, oportunidades e decisões. O MC Lanche Feliz, do MC Donald's e o GMAIL do Google, por exemplo, são ideias que não foram encabeçadas pelos donos, mas por colaboradores inseridos no conceito de intraempreendedorismo. Liberdade, confiança, gestão descentralizadora: tudo isso faz parte desse conceito!
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Quem é o profissional intraempreendedor?
É aquele que não se limita a fazer apenas o que lhe é delegado. E isso não quer dizer que ele precisa desviar a sua função, fazer tarefas a mais ou “hora extra” de graça. Ao contrário disso, o intraempreendedor é aquele que executa as suas tarefas, mas ao mesmo tempo mostra suas ideias, ajuda a solucionar problemas e está constantemente enxergando possibilidades de melhorias e inovação.
Qual a diferença entre empreendedorismo e intraempreendedorismo?
Imagine uma vendedora de roupas que percebe as necessidades de seus clientes, e vê que essa “dor” não é atendida pela empresa em que trabalha. Diante desse cenário, essa vendedora sai da empresa e monta a sua própria loja, passando a ser concorrente. Isso é empreender.
Agora, se essa mesma profissional levasse essas dores para o (a) seu (ua) gestor (a) direto (a) e, em conjunto com time, desenvolvesse um projeto para resolver as demandas dos clientes, isso se configuraria como intraempreendedorismo.
Em suma, o que diferencia os dois conceitos é a decisão do colaborador de usar o seu espírito criativo em próprio benefício ou a serviço da empresa em que trabalha. E tudo isso depende muito do plano de carreira, das expectativas de crescimento, do ambiente, das lideranças etc.
Se você é líder, gestor ou CEO, está lendo esse artigo e quer fomentar o intraempreendedorismo na sua empresa, saiba que o primeiro passo é entender o que causa a rotatividade no seu ambiente de trabalho, compreender que para reter talentos é preciso estabelecer planos de carreira, ações de incentivo, treinamentos constantes, pesquisas frequentes para melhoria de clima, alinhamento de cultura e assim por diante.
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