INTUIÇÃO TRANSFORMADORA - Origem da Criatividade

INTUIÇÃO TRANSFORMADORA - Origem da Criatividade

Uma das mais brilhantes mentes do século passado, Albert Einstein em suas reflexões foi muito além da Teoria da Relatividade. Sua frase “eu quero saber como Deus pensa, o resto é bobagem!” e outros pensamentos controversos, o mantiveram afastado dos colegas defensores da racionalidade científica dominante.

Ancorados em pressupostos e paradigmas cartesianos cientistas, alguns renomados e consagrados com prêmio Nobel, têm como verdade que falar sobre qualquer fenômeno que não atenda premissas de existência material e que não possa ser observado com os sensores humanos conhecidos é pura heresia.

Por diversas vezes indagaram ao gênio, que ficou conhecido apenas como o autor da Teoria da Relatividade, sobre o processo ou método científico adotado para chegar aos resultados que redefiniram muitas premissas e conceitos da física moderna. Seus interlocutores ouviam respostas nos seguintes termos “não houve método”, “não existiu processo”, “as ideias simplesmente me chegaram”, “de onde vieram, não sei!”.

Seria muita heresia do cientista, considerados os preconceitos da época, e ainda hoje prevalecentes, dizer que a ideia originou-se no “cérebro de Deus”. Talvez fosse essa a sua intenção ou o seu desejo, em vista da sua concepção da existência de valores superiores, não materiais, inexplicáveis, e que estavam muito além da capacidade humana de entender, e muito menos interpretar.

Saber como Deus pensa era, para ele, buscar a causa da causa. Ai estaria o segredo para conhecer onde nasce à criatividade e de onde vêm as ideias inovadoras. Era desafio pessoal e solitário de Einstein entender as razões que faziam surgir na mente humana – não confundir com o cérebro - uma invenção e a materialização de uma ideia a partir do nada.

Descobrir como Deus pensa é uma simbologia que aponta para a busca do conhecimento da mente e de como ela funciona. Desconhecer como o intangível se transforma em algo tangível não deve se constituir em razões para rejeitar a inspiração, “ideias interiores” ou a intuição como forma de se obter progresso em todos os planos da humanidade.

A verdade, mesmo questionável e discutível é que inspiração e intuição, atribuídas equivocadamente apenas aos poetas, são as grandes transformadoras do mundo. Observe que inexiste obra, onde o homem tenha tido intervenção, que não tenha antes passado pelo processo de geração, crescimento e nascimento no plano da mente.

Negar a intuição como fonte para criar e inovar é aceitar que as invenções materiais, ou tudo que hoje é disponibilizado para a humanidade, surgiram sem a existência de uma causa, ou a partir do nada.

Cabem em nossas reflexões perguntas do tipo “de onde surgiu à ideia de Gutenberg para inventar a imprensa” se antes não havia um vetor inicial para o processo? Como Thomas Edison “chegou à lâmpada elétrica” se o que existia antes para iluminar era apenas fogo, gás e velas?

Inspiração, intuição, "ideias interiores", "criatividade". Qual a origem de tudo isso? Estamos procurando respostas para essas perguntas? Ou estamos tão centrados nas questões tangíveis que esquecemos que mudanças e transformações, quando acontecem, é porque antes passaram por um software chamando mente?

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