JOBIM, UM 'SAFETY CAR' PARA A CRISE


Caso prospere a tese de eleição indireta para presidente da República em 2017, pragmaticamente não vislumbro outro nome viável além do de Nelson Jobim. Com esforço, certamente aparecerá alguém da memória, mas dificilmente com as mesmas características que ele tem para fazer a transição da crise aguda para a normalidade institucional, pois é um dos poucos que pode ser visto com alguma equidistância pelos contendores que têm poder de definir o jogo. Outros nomes citados nesses dias, ou padecem do mesmo problema do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (são vistos como uma parte das forças em disputa), ou não expressam a autoridade e experiência que o momento exige. Dos quatro anos em que trabalhei com Jobim, na consolidação do Ministério da Defesa, registrei as seguintes características que lhe dão vantagem neste momento: tem relação pessoal e política e a confiança de Lula, de Serra, do PIB, de lideranças na direita e na esquerda tradicionais, de lideranças militares e do Judiciário. Conhece profundamente o Congresso e seu regimento, a lógica do STF e da Presidência da República. Outra vantagem, que parece contrassenso, é que não tem força no PMDB, portanto não seria visto como continuidade para 2018. Tem arestas em todos os campos, mas nenhuma mortal nem majoritária, e seu gênio forte à época do FHC foi atenuado pelo tempo. Se não for ele o nome, será um outro que não poderá fugir muito desse perfil. Ou, em vez de 'safety car', teremos dois anos com um novo fiscal de pista no centro do asfalto, encolhido com sua bandeirinha na mão, tentando sobreviver aos bólidos incandescentes que passarão indiferentes à sua presença. (ps: não converso com Jobim há anos; aqui só há palpite meu).

Bruno F.

Analista de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) | Learning & Development (L&D) | Educação Corporativa | Desenvolvimento de Talentos com foco em Resultados Estratégicos

8 a

Simples, prático e direto... Marcos Roberto

Marcos Roberto

Coordenador de comunicação social - TVLegis, Jornal Legis, Assessoria de comunicação do Sindicato. No SINDILEGIS

8 a

O atual quadro político nacional exige uma limpa geral. Vou colocar meu nome para ser avaliado pelas urnas. Opa, espera aí. Mas para alguém colocar seu nome como candidato é necessário estar filiado a um partido político. Humm, então vejamos: como vou me filiar a um partido político? Fácil , só se inscrever. Mas como conseguir a vaga para ser um candidato em um desses partidos? hummm, é preciso ter uma base de apoio, ter força dentro do partido. Mas como ter força dentro do partido? hummm. Sim, é ter boas relações com os donos do partido. Mas partido tem dono?/ hummm, tá, Então o que ofereço para o dono? - Dinheiro, muito dinheiro. Mas onde vou conseguir dinheiro? hummm, você não foi secretário de nenhum político? não participou de nenhum esqueminha? hummmm, então tá. Vamos votar no Jobim então....

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