Liberdade
No dia 25 de Abril, Portugal e nós, os portugueses, festejamos a Liberdade. Festejamos por consequente a possibilidade de cada um gerir a sua vida como bem entender, apenas sendo basilado pela reciprocidade e os acordos que firmou com demais.
A Liberdade por consequente passa também pela ausência de coacção. Ausência de coacção de outros, mas também ausência de coacção de nós próprios. Se, em Portugal, ainda há muito a fazer para eliminar a coacção alheia, também é verdade que existem ainda tabus e constrangimentos auto-infligidos. Agora é certo que a Liberdade consiste também a escolher os seus próprios constrangimentos, mas tal atitude implica de ser consequente com eles. Não nos podemos impor um limite e depois reclamar que não atingimos alguém além de esse limite.
Liberdade rima por consequente com Responsabilidade. Um sem outro não existem. Pode existir mundos sem eles. Nós experimentamos isso todos os dias.
E é porque experimentamos essa contradição que não podemos esquecer que a Liberdade não, infelizemente, dada. Há que conquistá-la. E quem diz que tem de a conquistar arrisca a não obtê-la. Porém, pelo simples facto de estarmos vivos, podemos tentar e é na tentiva que estará o ganho.
Por causa de nascermos em determinadas circunstâncias, a Liberdade pode estar mais afastada de nós. Por vezes inclusive não temos a força sozinhos de a atingir. Mas somos livres de nos associar e colaborar com outros para lá chegar.
Não há Cooperação sem Liberdade, e da Cooperação podemos atingir mais Liberdade.
Se hoje, em Portugal e entre portugueses celebramos o dia da Liberdade é precisamente porque debaixo de esse estandarte, decidimos nos associar. E se pelo passado conquistamos muitas Liberdades, mais ainda conquistaremos se formos consequentes com nós próprios e os outros.
Numa palavra, faremos um Portugal melhor para todos os portugueses, vivos ou por nascer, se formos todos Livres.
Viva a Liberdade.
Viva Portugal.
Viva os portugueses.
Viva nós!