Liberdade para criar
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Liberdade para criar

Na próxima terça-feira, celebra-se o dia da Liberdade em Portugal. Um dia pela qual todos devemos estar gratos, senão hoje nem conseguiríamos estar aqui a escrever sobre Liberdade. Quando colocamos o pensamento livre na criatividade, muitas vezes o impossível simplesmente acontece. Porque estamos livres de julgamentos, porque criamos sem limite. É deste tipo de cocriação que o Turismo precisa agora…

Sendo hoje o Dia Mundial do Livro, faz sentido começarmos este conteúdo com a referência a um. Livros são mentores e fontes de precioso conhecimento. Ler todos os dias, nem que sejam 10 páginas, deverá fazer parte dos rituais de um lider. E não ter tempo, não é desculpa. Mas voltemos ao tema principal...

No seu livro “Creative Confidence”, Tom Kelley, defensor que todos nós temos efectivamente um lado criativo, recorda um episódio de uma criança na primeira vez que vai ao parque infantil e quer andar no escorrega. Inicialmente existe aquele desconforto, aquele receio do desconhecido. Do que irá acontecer. Será que me posso magoar? Mas passado esse medo, e quando finalmente decide avançar, a sensação no final é de êxtase, de uma alegria e satisfação contagiantes. E volta para repetir, vezes sem conta, sem medo.

O mesmo se passa hoje com todos nós que trabalhamos no Turismo. O escorrega simboliza a incerteza e imprevisibilidade em que vivemos. As escadas para chegarmos ao cimo, a resiliência e a coragem que precisamos para avançar. E depois vem a surpresa da descida, que não sabemos o que nos vai provocar. Mas pode ser a mesma alegria extasiante das crianças. Aquela que precisamos voltar a sentir quando alcançamos os nossos objectivos, quando realizamos algo e nos superamos. Quando vibramos com o Turismo.


É AQUI QUE ENTRA A NOSSA LIBERDADE CONQUISTADA.

Liberdade para decidirmos que rumo haveremos de tomar. Que decisões têm de tomadas no agora para garantirmos os futuros emergentes. Não só o nosso, mas de gerações futuras. Que legado queremos deixar?

Liberdade para pensarmos de forma diferente. O Turismo de ser desenvolvido num outro formato. A realidade é no agora e tem de ser no agora que temos de ser ousados e disruptivos numa nova forma de encararmos o turismo, como um Turismo Regenerativo. A realidade presente e futura assim o exige, numa maior consciência das decisões que têm de ser tomadas.

Liberdade para nos renovarmos. Sempre nas maiores crises, surgem também as maiores oportunidades. Tivemos uma paragem que nos obrigou a rever a forma como estávamos a trabalhar e o custo elevado que pagávamos, já sem sabermos bem porquê. Mas aprendemos mesmo? Não precisamos fazer mais, precisamos fazer diferente.

Liberdade para ouvirmos. Numa escuta activa para compreendermos o que o mercado e os consumidores nos dizem. Quais são hoje as suas verdadeiras necessidades? O que procuram? As empresas de Turismo terão de deixar de criar produtos que consideram ser bons para a empresa. Terão de gerar ofertas que satisfaçam as necessidades de quem consome. Um Turista mais exigente, mais consciente na sua tomada de decisão. Um Turista mais responsável está a surgir e temos de o ouvir.

Liberdade para cocriamos. A solução não tem de ser isolada. Pelo contrário, precisa de ser global com a colaboração de todos, num planeamento sistémico e circular. O Turismo pode ser o motor de outras indústrias, tal como pode receber delas, a energia que precisa. Cocriação e colaboração, numa economia circular tem de fazer já parte do presente e dos futuros.

Liberdade para respeitarmos. A sociedade, a cultura, o ambiente. De Pessoas para Pessoas. Com um equilíbrio holístico entre oferta e procura. Numa preservação e regeneração de todos os elementos do Turismo. Numa circularidade que englobe uma distribuição equitativa para todos os stakeholders sem excepção.

Liberdade para a criatividade. Não precisamos de nos reinventar. Precisamos apenas de regressar na nossa essência e procurar uma forma criativa de a partilhar com todos. De nos ligarmos pelos valores, em detrimento dos preços. Autenticidade. Singularidade.

Liberdade para arriscarmos. A descida do escorrega pode parecer assustadora no início, mas se não tentarmos, nunca poderemos desfrutar da sensação da experiência, nem do contentamento final. Ficamos exactamente onde estamos, a olhar para o que poderia ter sido.

Nas palavras de Ralph Waldo Emerson “do the thing you fear, and the death of fear is certain”. Este é o momento de acreditarmos em nós e sermos criativos num novo Turismo, para novos Turistas. Não fazendo mais, mas fazendo melhor, num Turismo Criativo Regenerativo… #buildbackbetter

Maria Ana Botelho Neves, MA. FRSA, FSSE

Sense-maker, driving Momentum and Professional Activator

1 a

adorei Sandra! se tivesse que escolher apenas uma, qual seria a Liberdade de topo? para mim... Liberdade para cocriamos!

Maria Vale

Directora Turismo de Portugal España| Comunicación, PR, Marketing Consejera Turismo de la Embajada de Portugal en España

1 a

Em sintonia. Obrigada

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