Liderança: Considerações Necessárias
O que não falta são estudos sobre liderança. A teoria dos traços de personalidade entende que uma pessoa possui determinadas características (força, agilidade, inteligência, etc.) que fazem dela um líder. A teoria dos estilos de liderança afirma que há três tipos de liderança: autocrático, liberal e democrático. E, obviamente, é esse último tipo que o mundo corporativo entende como a melhor opção. A teoria situacional aponta para a força da situação para entender a dinâmica da liderança. Segundo essa teoria, o líder possui uma tendência maior a um estilo de liderança, no entanto pode, e deve, fazer uso de todos os estilos de acordo com a situação. Por exemplo, apesar da preferência da maioria das pessoas por uma liderança democrática, imagine o que aconteceria se o capitão do Titanic fosse democrático ao bater em um iceberg. A tripulação faria uma reunião sobre a melhor forma de proceder naquele momento e ao chegar a uma decisão após duas horas, o navio já teria afundado e matado todos. Por isso, diz a teoria situacional, não devemos condenar nenhum estilo de liderança, pois cada um deles será útil em algum momento. Outras teorias foram buscar inspiração na religião. O ‘monge e o executivo’ defende a ideia do ‘líder servidor’; outros teóricos afirmam que líderes não têm subordinados, mas seguidores (como em uma seita!); outros foram ainda mais longe e apelaram para ‘Jesus, o maior líder de todos os tempos’ !?! Contudo, poucas teorias afirmam categoricamente o que considero a maior virtude de um líder, aliás, diria até que é o principal critério de avaliação de um líder: líder forma líder. Afinal de contas, um bom líder não é aquele que tem seguidores, mas aquele que ensina seus comandados a tomarem decisões sozinhos para que possam crescer profissionalmente em vez de mantê-los embaixo de suas asas até que lhe convenha. Um líder que que não emancipa sua equipe, pode ser muito perigoso e oneroso para sua organização.