Liderança e Gestão
Meu primeiro chefe - sim, pois há 40 anos o termo gestor nem sequer havia sido cunhado - foi o "seu" Alves. Profissional respeitável e possuidor de atributos que hoje pouco se reconhecem. Seu Alves tinha fala mansa e “olhos de lince”, pois, enquanto escrevia (à lápis) em pequenos papéis (até hoje eu não sei o que ele fazia com aqueles papeizinhos), conseguia discernir quem estava se matando de trabalhar dos que estavam matando o trabalho. Desejando falar com algum funcionário, ele chamava para sentar naquela cadeira na lateral da mesa que só os chefes tinham direito de ter. No geral, o papo era disciplinar e tínhamos de fazer um esforço enorme para ouvi-lo, pois ele falava baixinho, talvez para não nos constranger. Lembro-me de ele ter me chamado para dizer que o meu assovio (ah, sempre gostei de música!) estava atrapalhando meus colegas. Acho que vem daí o fato de eu não achar legal essa falta de senso coletivo daqueles que ouvem “coletivamente” seus recados, filmes e outros conteúdos duvidosos que se disseminam por aí.
O fato é que essa liderança - dos controles pessoais, da marcação homem a homem – quase não existe mais. O que se espera hoje são resultados e que cada um seja donos de seus próprios processos, mediante a condução de um gestor-facilitador. Uma ascendência natural que galga posições pelo o uso de competências pessoais, pré-disposição para ouvir e vontade de aprender.
Vizio Consulting
Gestão estratégica de negócios