RESPEITO OU VEEMÊNCIA?
Dois gerentes da mesma empresa. Um repreendia seus subordinados com gentileza e respeito e conseguia elevados índices de produtividade de sua equipe. Tinha a boa vontade de todos para o que desse e viesse.
O outro, com raiva e autoritarismo. Os resultados de sua equipe eram sempre decepcionantes. Ele contratava bons profissionais, mas a rotatividade era recorde. Com o tempo, deixavam de cumprir datas, tornavam-se displicentes, reativos e deixavam o trivial por fazer a contento, afinal, quem aguenta ficar junto de alguém que age como louco ou é um?
O RH até que insistia a que houvesse mudança de tratamento e comportamento. Mas a arrogância do gerente raivoso o cegava. Não se interessava por quaisquer qualidades. Seu cotidiano era mais horroroso que o da bruxa.
Einstein disse que “loucura é fazer as coisas sempre do mesmo modo esperando resultados diferentes”.
“Estar gestor” não é garantia alguma de que você “é um gestor”, ou de que o será para sempre. Mas, ser consciente de que você deve agir como um gestor, com as competências de um gestor e conduzir com dignidade as pessoas até que se tornem uma equipe, isto fará de você um gestor e possivelmente o tornará um líder.
Conhecimento técnico já não basta. Conhecer o caráter humano e saber como funciona é fundamental, e tratar pessoas como seres humanos únicos.
Patrões ou chefes que gritam e impõem sua vontade à força sobre funcionários fazem-me lembrar um importante pensamento do jornalista e escritor Nelson Rodrigues. “Desconfio muito dos veementes. Via de regra, o sujeito que esbraveja só o faz por estar a um milímetro do erro e da obtusidade”.