Liderança inclusiva já!
O tema liderança sempre provocou debates quase que intermináveis nas universidades, empresas e organizações em geral, além da infindável publicação de livros e artigos no Brasil e no mundo. Sejam quais forem os pontos de vista apresentados, a época ou os autores e as autoras, a sensação que tenho é que hoje existe uma lacuna de liderança nas instituições. E onde foram parar os líderes? Certamente, não tenho a pretensão de responder a esta pergunta de forma definitiva, mas quero compartilhar com vocês, de maneira resumida, o conceito e os benefícios da liderança inclusiva. E você deve estar se perguntando: o que é liderança inclusiva? É uma nova maneira de liderar que enxerga além das competências tradicionais e que consegue despertar nas pessoas o entendimento de que elas são tratadas de maneira justa, que suas singularidades são bem-vindas e que suas vozes são levadas em consideração na tomada de decisões. Além disso, pesquisas apontam que um ambiente inclusivo é fator-chave para o desenvolvimento do senso de pertencimento das pessoas em relação às suas organizações.
Liderança inclusiva é o pontapé inicial para que a estratégia de diversidade, equidade e inclusão vá além das palestras e eventos internos e se torne realidade. A responsabilidade principal é da pessoa que está sentada na cadeira de CEO, sem dúvida. E como já é sabido que diversidade e inclusão é um fator estratégico de negócio, é ela quem deve buscar conhecimento e apoio sobre o tema e formar uma equipe multidisciplinar (não só o RH...) para preparar as estruturas, processos, sistemas, procedimentos e políticas internas para que essa transformação tenha êxito e seja sustentável.
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Além do “C-level”, é fundamental preparar todas as demais pessoas que exercem posições de liderança (repito: todas), especialmente as de média gestão, para que essas operem uma transformação pessoal e profunda de comportamento, entendendo seus vieses, compreendendo, aceitando, respeitando as diferenças e atuando como modelo para suas equipes. Os efeitos serão vistos - no curto, médio e longo prazos - nos indicadores de engajamento e desempenho, na inovação, na redução do turn-over e no bem-estar, pois as pessoas conviverão em um ambiente organizacional inclusivo e contribuirão para o alcance do propósito organizacional, pois esse propósito terá conexão com seus valores pessoais.
Liderança inclusiva é pra já!