Liderando no caos
Por Roberto Vilela, consultor da Mega Empresarial
A média liderança cada vez mais assume posições estratégicas nas organizações, principalmente quando nos referimos aos momentos de incerteza e críticos. O mercado retraído, empresas buscando o equilíbrio, efetuando ajustes e cortes nos orçamentos e, até mesmo, nas equipes de trabalho.
Este cenário é perfeito para o surgimento de boatos, suposições e pessimismo. A liderança, principalmente a média liderança, que atua diretamente com a equipe de trabalho, passa a exercer um papel fundamental no que se refere a blindar a organização e seus colaboradores desta avalanche negativa.
Ouvir a base operacional e mantê-la motivada e produtiva é premissa básica para evitar que o momento se torne ainda mais crítico. Podemos acrescentar ao contexto o fato de que uma parcela significativa dos colaboradores das organizações é jovem. Portanto, com elevado nível de ansiedade, expectativas e impaciência.
Sem dúvida, o desafio da liderança é grande e para os fortes. Por isso, algumas orientações são importantes para auxiliar nesta jornada: ouvir a equipe com frequência, conduzir e ensinar sempre que perceber dificuldade por parte do colaborador, estabelecer metas desafiadoras, acompanhar os resultados de performance, corrigir e ser firme quando necessário. Além disso, é imprescindível elogiar e enaltecer os profissionais que entregam suas tarefas, promover reuniões criativas e inovadoras, incentivar a participação da equipe. Procurar ser flexível quando possível e ser rápido e determinado sempre também são atitudes fundamentais.
O orgulho e o comprometimento de fazer parte de um time e pertencer a uma empresa estão diretamente relacionados com os valores e perfil da companhia, além das características das principais lideranças. Não se esqueça: bons exemplos sempre foram e serão seguidos.
A liderança é o espelho para a carreira e vida pessoal de muitos colaboradores das empresas, portanto analise sua conduta, observe seus hábitos, acerte os detalhes e acelere o passo. E, claro, não se esqueça de sorrir. Afinal, a liderança e a influência não precisam de uma fisionomia fechada, mas sim de atitude e bons exemplos.