Planejamento Estratégico - Parte I                                            Antes de tudo uma questão cultural

Planejamento Estratégico - Parte I Antes de tudo uma questão cultural

Muitas pessoas pensam que Planejamento Estratégico é só colocar uma série de premissas e parâmetros em um papel, enfiar a pasta debaixo do braço e sair por aí. Mas não é bem assim.

Há a necessidade não só de olhar em torno, mas também para dentro.

A imagem institucional é tudo, seja interna ou externamente, pois a imagem de uma empresa está ligada diretamente aos seus processos e personalidade.

Muitas empresas prezam somente por sua imagem externa, esquecendo que quem faz a empresa são os seus funcionários. Para tal é que atualmente o termo funcionário tem sido modificado gradativamente por colaboradores, pois é da colaboração e boa vontade destes que a empresa cresce ou falece.

Trabalhei em empresas cujos “executivos” da mesma tinham apelidos "carinhosos" que mostravam toda imagem que era passada.

- Megafone – Pois só vivia aos berros.

- Fio desencapado – O nervosinho da história.

- Narciso – Se achava o mais belo e competente. Ninguém a sua volta era tão capaz.

E por aí ia. Chegando ao ponto de ao final de ano na festa informal dos funcionários (Pois aí não cabe o termo colaborador) premiarem ficticiamente aos seus gestores com troféus inusitados (Limão, Microfone, Palco, Espelho,...)

O que vemos aí é o completo despreparo dos gestores  para entender que em uma empresa cada um tem uma função e que cada uma é extremamente importante dentro do todo. E o respeito está acima de tudo.

Nomes pomposos como CEO, CFO, .... não significam nada. Do que adianta sacar um belo cartão de visitas com altos cargos, se a execução e desenvolvimento dos mesmos ficam sempre aquém da necessidade da empresa?

Nos dias de hoje é necessário que não haja pedestais, pois os tempos são outros e também por vezes colocar a mão na massa, faz parte do dia a dia.

Ao final, o importante é a postura e desenvolvimento de suas atribuições, o entendimento do negócio. Lee Iacocca, Henry Ford não se tornaram ícones de gestão sentados em suas cadeiras alisando o ego. Foram à luta e souberam trazer para si os colaboradores no dia a dia, não com festinhas fúteis de aniversariantes do mês, ou de final de ano. Mas na labuta do dia a dia.

Um “subordinado” quer olhar para o lado e ver que o seu comandante está ali correndo riscos, suando, sangrando, chorando e se alegrando com ele. Tem que sentir que pode contar com seu gestor.

Isto posto, podemos agora falar de planejamento que vocês verão tem tudo a ver com o que aqui foi dito. Mas para não ser extenso, falarei sobre os passos no próximo post. Enquanto isto, pensem no seu estilo de gerenciamento, de liderança e se pergunte. COmo eu veria a um gestor como eu?

Aguardem.

 Ronaldo Marinho – Gestor Administrativo/Financeiro

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