Limbo do Trabalho : Descubra se você está nessa posição e que consequências isso pode ter
Mudanças recorrentes em atividades e horários de trabalho, generalização das atividades realizadas, inespecificidade da função, ausência de liderança direta e cobrança de todos os lados... as vezes você nem sabe mas está no “limbo do trabalho”.
Apesar de parecer um termo forte, ele designa estar a “margem”, vivendo de forma esquecida, sem participação plena de uma situação. E é exatamente assim que alguns profissionais vivem suas carreiras profissionais hoje.
Quanto maior a empresa ou o setor, maior a chance de haver pessoas nesse estágio de limbo profissional.
Ele acontece quando a contratação ou remanejamento são feitos sem o planejamento adequado, na tentativa de corrigir arestas de atividades que pareciam obvias, e que por isso não foram mapeadas, levando a uma completa desagregação da pessoa escolhida, com a função e a equipe envolvida.
Isso porque sem o descritivo correto de uma função, o novo funcionário passa a trabalhar em cima das dificuldades das outras pessoas que, ao verem-se com muitas atividades, passam a delegar a este novo indivíduo de forma desordenada. O funcionário que não entende exatamente sua função, passa a absorver muitas e diferentes atividades, passando a responder através de um fluxo totalmente desorganizado a diversas “chefias”.
Para pessoas que gostam de trabalhar com desafios, isso inicialmente pode ser empolgante, pois a possibilidade de resolver tantas e diferentes tarefas lhes dá a falsa impressão de produtividade.
Mas uma hora a “conta chega”. Cada vez com mais atividades e cobranças, e absolutamente sem um plano de carreira ou desafios mensuráveis, a empolgação da produtividade vai dando espaço para frustração, raiva, dificuldade de relacionamento, desesperança de melhora e pensamentos de demissão.
Ora, se reconhecimento é um dos fatores que mais estimulam um profissional, como esperar nesse caso, já que nem a chefia ou o próprio funcionário sabem o que esperar daquela função?
Seja assertivo e mantenha a calma! Esse é o ponto.
Se você é gestor e agora sabe que alguém na sua equipe está assim, pare imediatamente e estabeleça de maneira assertiva a função para qual aquele funcionário foi admitido, o orientando sobre o que é esperado dele na execução daquela atividade e a quem ele deve se reportar em caso de dúvidas.
Mas se você é o exato funcionário que está passando por isso agora, o primeiro ponto é manter a calma. Tire alguns momentos e faça o mapeamento das funções que você tem exercido, procure entender o fluxo hierárquico e onde seu trabalho tem agregado mais valor. Ciente disso, passe a focar suas atividades na execução dessas funções primordiais. Evite absorver atividades que se afastem muito dessas ações, sempre com gentileza ao dizer “não” e estabeleça um líder próximo a quem você possa se reportar de maneira formal.
Essas mudanças sutis tendem a, naturalmente, irem incluindo você em fluxo de atividades, e desfazendo essa posição de limbo no trabalho.
Protagonize sua história, acredite na carreira que você escolheu, confie nos seus talentos e seja ético!
Abraços,
Luciana Farias
Médica especialista em Saúde Ocupacional com foco em Gestão e Saúde Mental no Trabalho, Coaching e Liderança em Saúde
Analista de BI | Analista de Dados | Analista de Informações Gerenciais
5 aSituação extremamente desagradável.
Estrategista de Comunicação | Especialista em Transformação Digital e Inovação | Professor em Gestão de Marketing | Jornalista
5 aExcelente artigo! Já passei e vi muitas pessoas passando por esta situação, o melhor caminho é aprender a dizer não e ficar em resultados palpáveis.
Fundador Avaliar Vistorias e inspeções / Inspetor de sinistro e liquidação (Fenaseg) / Administrador / Green Belt
5 aTema de excelente relevância, em busca de alcançar algumas metas, “algumas empresas” cometem essa falta com o funcionário.