Lumx Insights #63: Brazil Tokenization Report 2024
Olá! Seja bem-vindo à sua fonte semanal de insights e notícias. Nesta edição, comento trazendo alguns dos principais pontos sobre o mais recente report brasileiro que aborda o potencial da tokenização em nosso país. Vamos conferir?
Tempo de leitura 6 min.
Brasil e o hype da tokenização
Este início de dezembro trouxe um grande esforço colaborativo, encabeçado pela Nexa Finance , em parceria com a FinTrender e diversos outros parceiros de pesquisa, incluindo a Lumx , para o nascimento do Brazil Tokenization Report. Essa primeira edição é um documento que traz destaque não só para a importância da tokenização, mas também para o protagonismo que o Brasil pode alcançar devido às nossas políticas e aberturas para tratar e atuar nesse assunto.
Este ano, em particular, foi muito positivo não apenas para o Brasil, mas para o mundo no que tange à tokenização. Através de diversas outras edições, toquei no assunto por aqui, desde sua conceituação até os casos de uso e a resposta do mercado frente à tecnologia. Essa progressão vem refletindo a maturidade do ecossistema blockchain e abrindo portas para inovações que estão cada vez mais intrínsecas aos mais diversos setores econômicos.
Não sei se você vai se recordar da previsão inicial da BCG, sobre o valor total de ativos tokenizados poder atingir US$ 16 trilhões até 2030, representando cerca de 10% do PIB global. Ainda que seja um número otimista que parece distante, desde a primeira vez que foi mencionado até o ponto em que estamos hoje, o caminho traçado parece cada vez mais sólido, e o reflexo no valor dos ativos tokenizados, que apenas cresce, sugere que talvez essa previsão não tenha sido exagerada.
Cada vez mais, players globais, bancos centrais e grandes corporações reconhecem que a tokenização é um dos pilares do futuro financeiro e que a tecnologia blockchain pode possibilitar grandes avanços, por meio de soluções de pagamentos via stablecoins e da tokenização de ativos do mundo real. O foco parece estar cada vez mais no "o que já é possível", em vez de "e se". Ligados especialmente aqui no Brasil por movimentos como o Drex, estamos presenciando cada vez mais a transição para uma economia "on-chain", onde eficiência, escalabilidade e personalização definem os novos padrões.
Recap sobre tokenização
Vivemos em um mundo globalizado e cada vez mais digital, onde a tecnologia assume um papel não apenas de simplificação, mas também de otimização de processos e de redução de custos. Para se ter ideia, em 2023, 30% da população utilizava carteiras digitais para efetuar transações físicas, número que deve saltar para 46% até 2027, em contraponto aos 11% projetados para o uso de dinheiro.
Em pleno ano do lançamento das ETFs de Bitcoin e Ethereum, métricas como US$ 172 bilhões em stablecoins emitidas, US$ 9 bilhões em crédito privado e US$ 2 bilhões em dívidas do Tesouro americano apontam o quanto a adoção da tecnologia blockchain, apesar de recente, já gera um impacto exponencial. Estimativas sugerem uma economia de US$ 10 bilhões ao ano ao utilizá-la para soluções de pagamentos transfronteiriços.
Setor imobiliário, investimentos sustentáveis, private equity, ações, serviços financeiros e de pagamentos, instrumentos de crédito público e privado, commodities e colecionáveis são alguns exemplos de categorias de ativos do mundo real que vêm sendo tokenizados e responsáveis pelo grande “boom” da tokenização. A adoção global está em um momento de inflexão. De mercados emergentes a grandes economias, essas iniciativas robustas não apenas provam o potencial da tokenização, mas também destacam o papel crucial da regulação e da inovação tecnológica.
Atualmente, a grande maioria dos projetos é capitaneada pelos Estados Unidos, que segue sendo um forte defensor da criptografia como forma de democratizar acessos. Alguns exemplos de projetos, já citados anteriormente, mas que vale reforçar brevemente:
A entrada de Donald Trump como presidente dos EUA promete um ambiente mais favorável às criptomoedas e ativos tokenizados, devido a parte de sua campanha ter sido pautada nesse assunto. Não à toa, desde sua eleição, o Bitcoin atingiu marcadores históricos, como o recente marco de US$ 100 mil, onde o próprio ainda brincou dizendo “De nada” sobre tal conquista. Ainda que sendo a atual superpotência no que tange aos ativos digitais, a liderança global na adoção de tokenização dependerá de regulações claras e equilibradas. É aqui que outro país pode emergir como foco de oportunidade, dado o nível de discussões, maturidade e crescimento dentro do setor nos últimos tempos: falo do nosso querido Brasil.
Brasil, the next big thing
O Brasil está em uma posição única para liderar a tokenização. Combinando uma infraestrutura financeira avançada, regulação favorável e uma população altamente digitalizada, o país já é visto como uma potência emergente no cenário global. O lançamento do Drex é apenas um dos exemplos de como estamos impulsionando as finanças digitais.
Sexto maior país em adoção de criptomoedas, a utilização de ferramentas tecnológicas no nosso dia a dia já não é de hoje. Temos tanto um dos cases de pagamento mais avançados que existem quanto estamos à frente quando se trata das CBDCs:
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O Banco Central do Brasil tem desempenhado um papel central na criação de um ambiente favorável à inovação, do PIX ao Open Finance e agora com o Drex. Isso acontece em um mercado onde menos de 10% da população realiza investimentos. Esses movimentos não seriam possíveis sem iniciativas como:
Quais são os next steps?
Por mais brilhante que o futuro pareça, ainda há muito trabalho, discussões e clarificações a serem realizadas. Desafios como regulação e interoperabilidade são peças-chave nesse processo, para que mais players entrem em jogo e contribuam para uma maior expansão e consolidação da tokenização no mundo. Contudo, não estamos lidando com um terreno inexplorado; muito já foi feito, e é exatamente isso que este report destaca.
No Brasil, a continuidade do Drex, que acaba de finalizar as inscrições da fase 2 de seu projeto-piloto, deverá passar por extensas fases de testes e novas aplicabilidades, construindo e desenhando o cenário futuro que desempenhará um papel crucial na adoção da tokenização em um nível macro.
Nós, da Lumx, estamos mais do que empolgados em participar dessas transformações (e em breve trarei mais novidades sobre isso). Por meio de nossa infraestrutura única, bancos e serviços financeiros podem se beneficiar e ter rápido acesso à implementação e utilização da blockchain para suas necessidades, que vão de pagamentos a ativos do mundo real, por meio de nosso conjunto de APIs.
Para mais informações, visite já o nosso site.
Para acessar o report completo, clique aqui.
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Me despeço por hora, desejando a todos uma ótima semana.
Até breve,
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