Mãe é mãe... mas a mãe do Boechat é especial!
Sem explicação e um certo incômodo, acordei hoje bem mais cedo que o de costume, e bem antes do programado no APP do celular. Sentei-me na cama e olhei a data e a hora, dando me conta que estamos apenas há quarenta e cinco dias de um ano novo. Com ansiedade, tentei buscar a razão do incômodo que insistia em permanecer. Dividindo com minha esposa a incompreensão do que estava sentido, com sua monstruosa habilidade e costumeira sensibilidade, me comentou:
- Tenho quase certeza que, os acontecimentos desses dias mexeram com você, comigo e com muita gente!
Seu comentário me fez recordar a entrevista da D. Mercedes, mãe do nosso inabalável Boechat, que por ouvi-lo todas as manhãs e vê-lo todas as noites o considero como amigo e quase da família, sem falar na admiração que tenho por sua inteligência e sua eloquência. Com sotaque castelhano, sabedoria e temperança ela disse: “Tenho orgulho do homem que foi meu filho. Uma pessoa correta, sincera, caridosa e humilde, que sempre respeitou o ser humano e considerava todas as pessoas iguais”.
No popular é comum colocar que “mãe é mãe”. Todas as mães falam bem dos seus filhos, mas acredito que nessa especial situação as mães, pais, irmão, tios e primos ouvintes e telespectadores de todo Brasil ainda acrescentariam mais adjetivos a esse homem e profissional que, na minha opinião, é uma raridade. É uma daquelas pessoas inesquecível e considerada genial.
Para contextualizar com o mundo corporativo a indagação é: como encontrar, contratar, capacitar e manter pessoas geniais na sua organização? Como identificar raridades e lapidar esse diamante para conquistar a excelência em resultados? Por engano, a grande maioria dos profissionais responderiam que isso é missão e responsabilidade da área de Gestão de Pessoas. De forma disruptiva, entendo que identificar raridades é missão de todos na empresa, ficando com a Gestão de Pessoas e a liderança colocar o talentoso no lugar certo e capacitá-lo em seus pontos mais fortes.
Com todos os acontecimentos, fiquei bem sensibilizado e aí me lembrei de uma história que minha mãe conta da minha infância no dia em que eu perguntei a ela:
- Mãe, se Deus existe, por que ele não fala comigo quando converso com ele?
Mesmo com sua humilde escolaridade, me olhou profundamente nos olhos, me abraçou e me falou, bem baixinho no ouvido: “Meu amado filho, Deus é como o açúcar no leite que faço todas as manhãs para você. Você não vê o açúcar que está dentro da caneca no meio do leite, mas se tirar o açúcar seu leite fica sem sabor. Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não o vemos, mas se ele sair de perto, nossa vida fica sem sabor”.
Mesmo com os dessabores dos últimos dias, peço a Deus que continue adoçando a vida de todos os familiares envolvidos nos acontecimentos, pois doçura como a de DEUS não existe ainda, nem mesmo nos melhores açúcares...
Reflita sobre isso!