A Magia dos Intangíveis na gestão de Pessoas
“Dai-me um ponto de apoio e levantarei o mundo.” By Arquimedes
Venho falar-vos duma praxis que se está a instalar de forma crescente na orgânica das empresas e que assume a forma de Responsabilidade Social Empresarial Interna. Também lhe poderemos chamar dinâmica organizacional dos sentires e que cujo acolhimento pelos gestores das Empresas permite perceber que a tendência está para ficar, ainda que, para já, condicionada a empresas de maior dimensão.
Assim, porque é que surge a necessidade de APOIAR Pessoas em ambiente empresarial? Basicamente porque o Estado na sua obstinada e desastrada demanda pelo primado económico-financeiro, desistiu da função social, demitiu-se do papel de regulador, dinamizador e integrador da ação social nas suas múltiplas valências. Incontornavelmente, as Pessoas fazem a sua gestão de crise, ainda que, de alguma forma, descrentes, exaustas, desconfiadas e, enfim, carecem de apoio como se o verbo (ndr: alusão a APOIAR) em si as fizesse regressar ao simplismo do obrigado desinteressado, ao apego da mendicidade gratuita, ao berço do sorriso, ao conforto do abraço, ao regojizo duma comemoração por mais absurda que possa a mesma parecer, fazendo com que o colaborador se SINTA ESPECIAL.
Na difícil arte do intangível, sentimos, nós que trabalhamos na qualidade de gestores de pessoas, que ao apoiar o empregado nr. tal estamos a trabalhar uma onda subterrânea de gratidão, num SENTIR ORGANIZACIONAL sem número e sem rede, como o colaborador que afirma: lembraram-se de mim, e ao reconhecer a importância de algo que lhe é destinado, o colaborador sente a necessidade de retribuir o toque, com presença, energia e motivação, agradecendo a simpatia do gesto que lhe afaga o espirito e conforta a alma.
Hoje, é de intangíveis que se trata, a arte de gerir colaboradores, como se o convite ao apoio sob a forma de parceria, protocolo ou patrocínio, no tentacular suporte financeiro, psicossocial, serviços, parental e de bem-estar que está estabelecido se cumpra a sua missão neo-maslowiana de aconchego individual (satisfação de necessidades e indutor da motivação), de suporte familiar (promoção de um maior equilíbrio na gestão do orçamento familiar e indutor das boas relações filhos-pais e terceiros – tios e avós) mas também de promotor de um maior alinhamento coletivo (ponto de união triangular indivíduo-família-Empresa para um desempenho mais enérgico e comprometido), facilitando a emergência do SENTIR EXCECIONAL, e assim os colaboradores consigam redobrar esforços na gestão do seu dia-a-dia na Empresa, redescobrindo uma noção de família, e como voto de confiança desdobrarem-se em comportamentos sinérgicos no estabelecimento de pontes entre os diferentes colaboradores, ressurgindo naturalmente, o espírito de Equipa, enquanto cultura corporativa que enleia as várias identidades presentes na Empresa, assentes em objetivos comuns.
Ao APOIARmos pessoas, reforçamos papéis, sustentamos as partes, reestruturamos o presente, realinhamos novos futuros, e redimensionamos o valor do indivíduo no seu inner self e no seio familiar, nunca sendo de mais relembrar que sendo um desafio das empresas a gestão de tempos e de espaços estratégicos, ao APOIARmos permitir-nos-á alavancar ritmos de laboração, sedimentar uma cultura de corpo na orientação para o resultado, obtendo ganhos de eficiência derivados de maior produtividade e finalmente iremos constatar que o sorriso pode ultrapassar dificuldades, eventualmente voltar a fazê-lo reinar na magia dos momentos que constituem a vida de uma Empresa no seu SENTIR ESSENCIAL.