Mana da Segunda
Dê o Seu Melhor Para o Seu Pior Emprego
Por Robert J. Tamasy
Qual foi o pior emprego que você já teve? Eu entendo que “pior” quer dizer diferentes coisas para diferentes pessoas, mas todos nós provavelmente podemos pensar em um trabalho em particular – ou dois – que nós definitivamente odiamos. Para mim, foram trabalhos comissionados em vendas, que tentei por um breve período. Muito breve, cerca de dois ou três dias cada um. O primeiro deles foi para vender aspiradores de pó para as pessoas mediante agendamento; o outro, era para ir de porta em porta vendendo enciclopédias.
Você pode dizer que ambos foram há muitos anos, porque penso que vendas de porta em porta são virtualmente obsoletas por questões de segurança, bem como a comodidade de poder comprar coisas via Internet. E será que alguém ainda compra enciclopédias? Com o Google e outros mecanismos de busca online, a informação que precisamos está literalmente na ponta dos nossos dedos. Por que atravancar nossa casa com inúmeros volumes de livros de referência caros e pesados?
A questão é: detestei ambos os trabalhos, basicamente porque não sou uma pessoa de vendas. Sendo naturalmente introvertido, para mim, a ideia de ganhar a vida tentando vender a estranhos coisas que eles provavelmente não queriam ou precisavam não tinha nenhum atrativo. Entretanto, indivíduos extrovertidos, voltados para vendas, especialmente aqueles que buscam a oportunidade de obter um ganho substancial se puderem vender muitos produtos, teriam amado o trabalho que eu detestei.
Mas, e quanto a ter que desempenhar um trabalho sem nenhuma beleza ou empolgação? Eu ouvi falar de um homem cujo trabalho em tempo integral consistia em limpar banheiros públicos portáteis. Posso garantir que ninguém cresce ou vai à faculdade com o objetivo de conquistar esse emprego. Mas aquele homem declarou que, embora ele não descrevesse seu emprego como “agradável”, encontrava prazer nele porque começava cada dia com o desejo profundo de honrar a Deus pela forma como abordava suas funções.
Quando ouvi essa história, pensei nos seguidores de Jesus Cristo da antiga cidade de Colossos. Muitos deles tinham trabalhos que eram mundanos, na melhor das hipóteses. Para alguns, isso significava limpar estábulos de cavalos. Você pode imaginar o que é passar o dia inteiro, todos os dias, recolhendo esterco com a pá e repondo feno e palha? E ainda assim, quando o apóstolo Paulo escreveu uma carta de exortação a esses crentes, ele disse:
“Tudo o que fizerem, seja em palavras ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dEle graças a Deus Pai...Escravos, obedeçam em tudo a seus senhores terrenos, não somente para agradá-los quando eles estão observando, mas com sinceridade de coração, pelo fato de vocês temerem o Senhor. Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” (Colossenses 3:17, 22-24).
Isso deve ser considerado com humildade, especialmente se nós temos um trabalho que apreciamos, mas ainda assim resmungamos a respeito dele. Como podemos fazer aquilo que Paulo instigou todo seguidor de Cristo a fazer? A passagem acima nos dá algumas pistas:
Devemos nos esforçar para refletir o caráter de Cristo. “Em nome do SenhorJesus” significa desempenhar nosso trabalho de forma a refletir caráter e qualidades piedosos – como se o próprio Senhor Jesus estivesse fazendo o trabalho. Anos atrás a frase “O que Jesus faria?” foi muito repetida. Quando abordamos nosso trabalho essa é uma boa pergunta a se fazer.
Nosso coração precisa ser correto. Uma coisa é apresentar exteriormente uma aparência quando sabemos que alguém está olhando o que fazemos. Mas, e quanto à forma como nos conduzimos quando pensamos que ninguém está olhando? Mesmo quando nosso chefe humano não está presente, podemos ter a certeza que o Deus Onisciente está ali, querendo que O honremos.
Seremos recompensados.Não temos nenhuma certeza de que as pessoas irão notar a excelência do nosso trabalho, mas temos a promessa de Deus de que Ele nota e recompensará nossa diligência e fidelidade.
Robert J. Tamasy, é jornalista, editor e escritor, e autor de "Business at Its Best: Timeless Wisdom from Proverbs for Today's Workplace" e "Tufting Legacies" (ainda não traduzidos para o português). Em co-autoria com David A. Stoddard escreveu "The heart of Mentoring" e tem editado numerosos outros livros, incluindo "Advancing Through Adversity", por Mike Landry. Tamasy mantém um site www.bobtamasy-readywriterink.com e um blog atualizados semanalmente www.bobtamasy.blogspot.com. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de Juan Nieto.