MAS COMO? INDÚSTRIA 4.0

MAS COMO? INDÚSTRIA 4.0

Nova era industrial, integra sistemas e proporciona a tomada eletrônica de decisões 

A indústria 4.0, resultado da quarta revolução industrial, é caracterizada pelo último e mais moderno avanço dos sistemas industriais de produção, que está migrando o que antes era apenas automatizado, para o digitalizado, gerando ainda mais rapidez e agilidade para as produções.

O conjunto de tecnologias que integram a indústria 4.0, têm como característica principal a integração entre os sistemas cyber-físicos, a Internet das Coisas (Internet of Things - IoT) e o Big Data. O surgimento da Inteligência Artificial (Artificial Intelligence - AI) na indústria, como os hardwares ou softwares, que respondem de forma inteligente aos padrões de um banco de dados, também são destaque da quarta revolução.

Nessa nova onda tecnológica na produção, os sistemas cyber-físicos controlam os sistemas físicos, duplicam a realidade física para a virtual, se comunicam entre si e com os seres humanos em tempo real, e ajudam na tomada de decisões. Isso, por sua vez, apesar de gerar maior agilidade para as fábricas inteligentes e extinguir o uso do papel, acaba por reduzir o número de postos de trabalho, já que o homem está sendo cada vez mais substituído pela máquina.

Indústrias de diversos setores e portes, vêm se adequando às novidades provindas da indústria 4.0, a fim de se atualizar e continuar gerando competitividade. Podemos comparar o impacto da indústria 4.0 nas indústrias, com o gerado pela Internet nas comunicações, por exemplo.


Mas como surgiu?

Como o próprio nome já diz, a quarta revolução industrial foi consequência da terceira. A indústria 3.0, surgida na década de 70, trouxe a montagem automatizada com a aplicação de computadores no chão de fábrica, máquinas de inserção, entre outras tecnologias que passaram a substituir o trabalho mecânico do homem, para serem executados por robôs computadorizados.

Já em 2011, na edição da Feira de Hannover, foi cunhado pela primeira vez o termo indústria 4.0 para o público. A iniciativa da quarta revolução foi totalmente apoiada e patrocinada pelo governo alemão, em conjunto com empresas de tecnologia, centros de pesquisa e universidades.

Já em 2012, o Grupo de Trabalho na Indústria 4.0, coordenado por Siegfried Dais e Henning Kagermann, apresentaram um conjunto de recomendações para implementação da Indústria 4.0 ao governo alemão. Em Abril de 2013, novamente na Feira de Hannover, o relatório final do Grupo de Trabalho da Indústria 4.0 foi apresentado.

Após isso, a indústria 4.0 está sendo difundida por todo o mundo, sendo destaque em países conhecidos por sua evolução tecnológica, como Estados Unidos, Japão, China, Reino Unido e União Europeia.

Já o Brasil, ainda apresenta um grande atraso quanto à implantação da indústria 4.0. Por conta disso, o Governo Federal, por meio do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), lançou em março de 2018, a Agenda Brasil para a Indústria 4.0, que contém um conjunto de medidas para auxiliar as indústrias na aplicação das tecnologias da quarta revolução. As medidas incluem alíquota zero para a importação de robôs, recursos para fábricas do futuro e capacitação profissional.


Mas como funciona na prática?             

Existem seis princípios para o desenvolvimento e implantação da indústria 4.0:

  • Interoperabilidade: habilidade dos sistemas cyber-físicos, humanos e das fábricas, de se comunicarem e conectarem entre si, através das tecnologias de computação em nuvem e pela internet.
  • Virtualização: é a cópia virtual de tudo o que acontece no ambiente físico das fábricas inteligentes, através de sensores de dados interconectados com modelos de simulação.
  • Descentralização: poder de tomada de decisões pelos sistemas, sem a interferência humana.
  • Tempo real: capacidade de coletar e analisar dados, e entrega-los prontos para os humanos imediatamente.
  • Orientado a serviço: oferecimento dos serviços cyber-físicos ou humanos, através da computação em nuvem.
  • Modularidade: flexibilidade de adaptação das fábricas para mutações, através da reposição de módulos.

Dentre os pilares aplicáveis na indústria 4.0, estão:

  • Internet das coisas (Internet of Things - IoT): conexão em rede de objetos físicos e máquinas, através de dispositivos eletrônicos que coletam dados.
  • Big Data Analytics: estrutura de dados complexa, que captura, analisa e gerencia informações. Na indústria aplica-se para a conexão, dados em nuvem, cyber, conteúdo, comunidade e customização.
  • Segurança: apesar dos benefícios que essas tecnologias podem trazer à indústria, elas também proporcionam maiores preocupações quanto à segurança dos dados e dos sistemas de informação, que podem apresentar falhas a qualquer momento. Problemas na comunicação entre as máquinas ou outros percalços no sistema, podem prejudicar toda a produção. Por isso, assegurar seu bom funcionamento e a proteção dos dados da indústria, é essencial para aplicar essas tecnologias.


Mas como encontrar mais informações?

Você pode encontrar todas as referências sobre o assunto, no livro Indústria 4.0. Fundamentos, Perspectivas e Aplicações, de Sergio Luiz Stevan Jr.,‎ Murilo Oliveira Leme e Max Mauro Dias Santos.

Outras publicações também podem complementar seu conhecimento:

www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/saiba-o-que-e-a-industria-40-e-descubra-as-oportunidades-que-ela-gera,11e01bc9c86f8510VgnVCM1000004c00210aRCRD.

www.automacaoindustrial.info/industria-4-0-uma-visao-da-automacao-industrial/.

www.prodwin.com.br/blog/o-que-e-a-industria-4-0/.

 www.youtube.com/watch?v=Mm09iSJR8io  

Gonzalo Ramirez Barros

Country Manager | Commercial Director | Director of Business Development for Latin America | Global Executive MBA FGV

6 a

Excellent paper!

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