Por que a gestão é essencial para promover inovação e competitividade
Em nenhum outro momento de nossa história a interdependência entre organizações e países foi tão intensa. Tecnologias são desenvolvidas e disseminadas numa velocidade impressionante, podendo surgir em qualquer parte do mundo, a qualquer instante.
Para sobreviver e ser sustentável no longo prazo, a empresa precisa se tornar competitiva. Para tanto é necessário ter produtos e serviços que atendam às necessidades de seus clientes, possuam benefícios compatíveis com outras opções de alta qualidade e ser capaz de concorrer não apenas localmente, mas no mercado mundial. Essas demandas só podem ser alcançadas com muita inovação.
Inovar significa ir além da eficiência operacional, ou da qualidade, características que já se tornaram commodities e já não diferenciam empresas nem garante sua perenidade.
Para ser inovadora, uma organização precisa entender seu mercado e contar com pessoas que sejam capazes de gerar resultados excepcionais e implementar processos eficazes. Precisa possuir uma boa gestão para, enfim, usar sua capacidade de inovação para se diferenciar, atingir vantagem competitiva relevante e, assim, obter melhores resultados
Neste cenário complexo, garantir que o modelo de negócio esteja alinhado à estratégia e implementar uma boa gestão são elementos chave para colher os frutos das iniciativas e que ambos possam aproveitar-se do processo de inovação
Como começar a inovar
Inovação é também, fruto de boa gestão. Criar um ambiente com políticas e incentivo para sugestão de ideias, incentivar a diversidade da equipe, dar espaço para errar e aprender com os erros e exercer uma liderança engajada, além de adotar uma cultura organizacional sólida e que funcione, são alguns dos caminhos.
Sanar as lacunas da gestão e garantir uma boa gestão é pavimentar o caminho para que a inovação possa concretizar-se e mostrar seus resultados.
Deste modo, uma das etapas, se não a mais importante para o início desse processo, é o diagnóstico organizacional. Por meio dele, é possível identificar o estágio em que a empresa se encontra e tornar visível quais são os pontos de melhoria para que os objetivos - de curto, médio e longo prazo - sejam alcançados com sucesso.
No livro Feitas para durar: práticas bem-sucedidas de empresas visionárias, Jim Collins e Jerry I. Porras reforçam que o sucesso de uma empresa não está necessariamente associado à presença de líderes visionários ou a grandes ideias. Os autores apontam que os produtos são veículos para as empresas e não o contrário.
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Companhias visionárias, que alcançam sucesso duradouro, precisam de ser capazes de, ao mesmo tempo, preservar a sua essência e fomentar a mudança.
Criando uma cultura inovadora
Nos bastidores, o que vemos em muitas corporações é uma grande dificuldade para inovar e, como consequência, atingir a competitividade desejada.
Mais do que processos sistemáticos, o sucesso de uma empresa inovadora está relacionado à criação de uma cultura de inovação. É preciso que as lideranças estejam dispostas não só a promover um modelo organizacional, mas também a incentivar que as pessoas estejam engajadas e agir para consolidar métodos e ferramentas que possam contribuir para uma cultura organizacional voltada à inovação.
De fato, é um grande desafio. Mas é preciso começar. Clayton Christensen, o saudoso professor da Harvard Business School, em seus estudos aponta dois principais tipos de inovação: disruptiva e sustentadora.
A inovação sustentadora representa melhoria de produtos, serviços ou processos existentes. Já a disruptiva muda a dinâmica do mercado, permitindo oferecer produtos ou serviços mais simples, acessíveis e mais baratos e transformar em clientes um público que anteriormente não tinha acesso ao mercado.
Ambas possuem diferentes potencialidades e contribuem com o aumento da competitividade de uma empresa. Mas, mais importante que classificá-las, é garantir que sua organização consiga criar as condições para que a inovação aconteça, conciliando uma boa gestão a uma cultura favorável e assim tenha sucesso.
Transformação: um ciclo sem fim
Considerado o pai da inovação, o economista austríaco Joseph Schumpeter explicou que o mercado capitalista nunca está estático, passando por constantes transformações. Num processo que ele chamou de Destruição Criativa, empresas surgem e desaparecem, refletindo as mudanças tecnológicas, num ciclo que não se finda.
Deste modo, um modelo de negócios alinhado à estratégia, uma boa gestão conciliada com cultura favorável e processos eficazes de inovação podem ser o segredo para uma empresa obter vantagem competitiva duradoura e enfrentar essas transformações. A chave para tornar a empresa mais preparada para enfrentar eventuais crises e conquistar espaço no futuro e na atualidade.
Administradora
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