Material Impresso : "Sua liberdade de escolha, no seu momento..."

Ser “perseguido” por uma camiseta em diversos sites não é algo muito agradável, certo? Muito menos ter o vídeo a que você assiste interrompido por um anúncio. Mas estar no mundo digital é aceitar que, a qualquer momento, você pode ser impactado por um advertising, uma vez que grande parte das plataformas, principalmente as redes sociais, vendem seus espaços para empresas exibirem suas publicidades em busca de atingir o target.

Como usuário, muitas vezes, me sinto incomodado pelo fato de parecer que estou em um corredor de shopping, onde todos tentam ter minha atenção, enquanto meu objetivo é apenas conversar com amigos e saber assuntos que estão em alta nas mídias. Apesar de alguns anúncios me interessarem, sua forma intrusiva me faz fechá-los antes mesmo de processar sua informação, tornando impossível visualizá-los novamente.

Todas essas questões que envolvem o meio digital acabam se tornando um ponto forte para os materiais impressos, pois estes precisam ser aceitos pelo leitor. Claro, tenho a consciência de que muitas lojas contratam funcionários para ficarem em suas portas distribuindo catálogos e flyers, mas pode-se pensar que, estrategicamente, se trata de uma forma simples e direta de entregar conteúdo.

Ainda que não tenha interesse pelo material, constantemente, ele é aceito pelo consumidor e jogado no fundo da bolsa ou ainda dobrado e colocado no bolso. Isso não torna o produto imediatista, mas, em determinado momento, ele pode exercer sua função de impactar o consumidor. Mais tarde em casa ou em algum momento de limpeza dos bolsos, ele será encontrado e, como um hábito comum, muitos consumidores lerão o material. Esse ato pode não apenas instigar, mas levar o consumidor ao computador – algumas vezes, pode fazê-lo voltar à loja – para uma busca avançada sobre o produto ou serviço.

Todos estão sujeitos a serem impactados, porém a forma como isso é realizado faz a diferença nos próximos passos de decisão de compra de cada consumidor. Apesar de ter consciência de que a publicidade é feita para incentivá-lo a comprar, o consumidor se blinda contra a propaganda invasiva tendo em vista que ela gera desconforto em ambientes que são considerados “pessoais”. Por isso, quanto maior o grau de naturalidade, muitas vezes diminuindo o perfil de anúncio, maiores são as chances de o consumidor interagir com a informação.