Maternidade: a desigualdade de gênero escancarada no trabalho
A maternidade é o sonho de muitas mulheres. No entanto, para se tornar mães, elas precisam abrir mão de muitas coisas, inclusive da sua própria trajetória profissional.
É triste ler isso né? Pois é. Nenhuma mulher deveria ter que abrir mão de nada em sua carreira para ser mãe. A maternidade é linda. É uma vida gerada.
Muitas empresas que vejo falar em inclusão, em humanização não praticam o que falam. Quando uma de suas colaboradoras fica grávida, o que se vê são os gestores coçando a cabeça, como se houvesse algum problema nisso.
A desigualdade de gênero em seu ápice
Esses tempos vi uma história muito triste no LinkedIn. Uma coordenadora financeira, foi demitida apenas três dias depois de voltar de licença-maternidade do primeiro filho. E isso que ela trabalha na empresa há 14 anos.
Se você acha que esse é um caso isolado, está muito enganado. Recentemente uma outra história também chamou minha atenção. Dessa vez, foi uma advogada sênior que estava na organização há mais de cinco anos.
Voltou cheia de planos e objetivos, e deu com a demissão em sua mesa. A justificativa? Infelizmente não existe. É aquela “velha desculpa esfarrapada” que conhecemos.
Ainda que a discriminação de gestantes e lactantes seja proibida pela legislação trabalhista, metade das mulheres já sofreram algum tipo de penalização pelo simples fato de terem se tornado… mães.
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Pesquisa revela o preconceito de gênero no trabalho
Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, 46% das brasileiras se veem desempregadas logo no primeiro ano depois do parto.
Fora isso, existe um outro problema: muitas mulheres depois do nascimento do filho não tem com quem deixar a criança. E pior, não conseguem arrumar um emprego.
É como se o fato de ser mãe fosse um impeditivo para mostrar toda sua competência. Vejo que o preconceito ainda é enorme entre os gestores.
Não há como uma empresa fazer um comercial bonito, falar em inclusão e no final das contas simplesmente virar as costas para uma colaboradora que engravidou.
Essa situação precisa mudar
Se quisermos realmente acabar, ou ao menos diminuir a desigualdade de gênero, é preciso pensar em medidas para coibir situações como essa que vemos no LinkedIn.
As organizações precisam não só aceitar o retorno de uma colaboradora gestante de braços abertos como dar condições para ela trabalhar e criar o filho da melhor forma.
Se ela trabalha em escritório e não tem com quem deixar a criança, por que não permitir o trabalho home office? Se ela trabalha em uma profissão que não há como ser home office, por que não dar um auxílio creche para ela?
Me indigna ver que ao invés de acolhimento, as mulheres são tratadas com descaso na hora que elas mais precisam. Isso não pode continuar. Você concorda?
Professora e Pedagoga Social na EE Anna Passamont Balardim e Prefeitura Municipal
2 aSurreal ......sem palavras.
Consultoria | PD&I Agro | Biotecnologia | Formulações Agro
2 aSó quem passa por isso sabe o quanto é frustrante…
Parceiro de Negócios - Zambon
2 aPerfeito Tiago!