“Me segurem, ou eu vou matar esse advogado”. Liderança.
É muito feio dizer isso, mas quem nunca teve vontade de matar um advogado que entrega a petição para ser revisada há poucos minutos do prazo fatal, ou eliminar aquele profissional cujo relatório sempre tem vários erros de português? Todos já passamos por isso. O pior é que, além de feio, é também improdutivo pensar assim.
Muitos gestores demitem um profissional por problemas como esse e, tão logo contratam outra pessoa, começam a reclamar das dificuldades que elas possuem. Não é fácil aceitar, mas certamente é mais produtivo encarar que estamos diante de um problema de liderança. Buscar conhecimentos para resolvê-lo é a tarefa mais sábia a fazer.
Quando falamos em desenvolver competências comportamentais (como aprender a liderar pessoas) existe uma máxima que diz: se não mudarmos o jeito de pensar, não mudamos o jeito de fazer. E, por consequência, não mudamos os resultados.
Nesse sentido, o primeiro passo é compreender que temos uma visão ultrapassada do que significa liderar. Para a maioria de nós, especialmente acima de 40 anos ou que viemos de formações mais autoritárias, liderar significa ordenar as pessoas a fazerem os trabalhos e controlá-las para que não saiam da linha. Isso é o que denominamos de estilo diretivo de liderança.
O líder que se caracteriza por esse estilo deseja garantir obediência estrita ao seu comando. Ele diz claramente o que deve ser feito e mantém rígido controle sobre a forma como o trabalho deve ser executado, bem como sobre o próprio executante. Em geral, enfatiza as consequências (especialmente negativas) que haverá em caso de inobservância das regras.
Esse estilo pode ser muito útil, especialmente em situações de crise, com equipes muito imaturas e que necessitam instruções detalhadas. Imagine que seu time recebeu subitamente uma carteira com 1000 processos provenientes de outra banca e, em questão de horas, precisa analisar todos eles e dar vazão ao trabalho. Alguém que “coloque ordem na casa” poder muito útil.
Quando esse estilo é o que predomina na equipe, no entanto, o que se vê são pessoas próximas da exaustão, com baixa criatividade e desmotivadas. No limite, esses líderes diretivos podem ser extremamente impopulares e o seu escritório pode sofrer muito, inclusive com rotatividade de profissionais e até mesmo com ações trabalhistas.
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Sebastião Oliveira
Diretor da Oliveira Campos Consultoria