Mensagem à Garcia (Mundo Corporativo)

Mensagem à Garcia (Mundo Corporativo)

Mais uma vez a história se repete, cada vez mais precisamos dos Rowans, onde estarão eles???

Se você já ouviu essa frase antes ou foi militar ou ao menos tem ótima noção do que é ser competente, dar conta do recado, fazer o que é preciso ser feito, atender aos requisitos, à especificação, enfim, atender e dar respostas.

Não vou me estender à frase, pois é só pesquisar na internet e achará vasto material sobre a mensagem à Garcia e o verdadeiro tema nessa emocionante estória. Procurem, vale a pena.

Mas o que essa estória que ouvi lá pelos meus 13 anos tem a ver com o Reginaldo já adulto (bem adulto!) de hoje?

Imaginemos a cena (não deve ser difícil para profissionais que tenham seu perfil aqui no Linkedin):

Pergunto algo a um colega e ouço como resposta:

- “Ah...não sei, não é comigo…será que o fulano não sabe te informar? Ele deve saber.”

E lá vou eu falar com o fulano indicado, vou “fulo” da vida, e vai piorar se eu receber a mesma resposta anterior.

Essa é a situação que mais me incomoda em qualquer lugar que seja, em paralelo às respostas: “já passei para fulano, beltrano ou para o setor tal”.

Me passa uma situação de descaso, de desleixo, de quem não está nem aí com nada.

Quando adolescente fui Guarda Mirim na minha querida Ubatuba, entre 12 e 15 anos, aprendi tanta coisa com meus comandantes naquela época.

Mas, para dar sentido ao que estou querendo passar tenho de falar de um personagem de “Mensagem à Garcia”, o Soldado Rowan!

Ele foi o homem que entregou a mensagem ao Garcia, ele se deparou com inúmeras dificuldades, mas não se revoltou com nenhuma, simplesmente as enfrentou e deu conta do recado.

O Rowan nos dias de hoje, no mundo Corporativo jamais falaria “passei a bola” para alguém, a resposta seria mais ou menos a seguinte:

Vou verificar agora mesmo, aguarde que vou puxar o relatório, vou ligar para o escritório, para a matriz, para quem quer que seja, mas você vai sair daqui com uma resposta.

É claro que me refiro aqui a passar a bola simplesmente deixar para outro fazer, lógico que temos de seguir os trâmites normais, eu por exemplo não tenho autoridade de aprovar um pedido de compras, compete ao meu chefe, mas se alguém me pergunta sobre algum material que deveria estar disponível, ou uma resposta sobre um material, responderei que já enviei ao meu chefe e, assim que estiver com ele vou cobrá-lo e devolver uma resposta ao solicitante.

Afinal, por que as pessoas não se prontificam a ajudar? Medo de ter mais serviço, medo de serem requisitados?

Ou “molengueza” mesmo (existe essa palavra)?

Me dá verdadeira abominação isso.

Sempre conto aos meus colegas que dispõem a entregar uma mensagem a Garcia a estória que ouvi há tantos anos e que nos dias de hoje me norteia e me dá forças para as dificuldades do dia-a-dia.

Afinal, sempre há um meio de auxiliar alguém, não precisa necessariamente ser o senhor (a) resolve tudo, mas pelo menos ser um agente de mudanças, um parceiro mesmo, desses de truco que não deixa o outro se prejudicar, passando informação útil de alguma maneira.

Se você entrega a mensagem à Garcia se você é um Rowan, espero algum dia encontra-lo e conversarmos, sobre qualquer coisa pois tenho certeza de que você me acrescentará algo.

Se leu até aqui, coloca um gostei, quero que essa mensagem chegue o mais longe possível.

 

Rui Cesar Silva

Especialista em Qualidade e Produtividade na CANPACK Group

3 a

Muito bom Reginaldo, precisamos de mais gente assim.

Alcides Souza

Eng. especialista em ativos da geração (usinas hidrelétricas e eolicas) | CPFL Renováveis

8 a

Ouvia sim o sargento dizer isso...missão impossível. Na faculdade eu ouvia de um professor dizer "resolva esse exercício como se você dependesse disso para continuar vivendo", frases que hoje fazem parte da minha vida.

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