Metaskills: as habilidades essenciais para um mundo líquido, digital e meta

Metaskills: as habilidades essenciais para um mundo líquido, digital e meta

Desde que passamos a utilizar nossa mente criativa para resolver nossos problemas e aumentar nossa qualidade de vida, viemos seguindo este único processo:

  • 1. Usamos a percepção para notar problemas.
  • 2. Usamos a criatividade para trazer uma resolução possível.
  • 3. Desenvolvemos uma habilidade para resolvê-lo, na prática.
  • 4. Criamos processos e rotinas para reduzir erros.
  • 5. Criamos tecnologia para que sejamos mais eficientes.
  • 6. Usamos a tecnologia para tornar a entrega completamente automatizada, tirando a necessidade de qualquer interação humana no processo.
  • 7. Retomamos o processo.

Essa cascata de ações é o que realmente fez a humanidade avançar ao longo de toda história. A utilização em massa da tecnologia liberou e libera a mente humana para explorar sua curiosidade e resolver problemas maiores. E isso é excelente!

E os últimos 100 anos foram de aceleração extrema. Criamos tecnologia num ritmo nunca antes visto, atingindo um ritmo exponencial de mudanças e novidades. Em 50 anos a mesma humanidade que recusava ver a popularização do automóvel, assistiu ao primeiro homem ir ao espaço.

Hoje a internet conecta dois terços da humanidade, a globalização permite que uma pessoa impacte milhões através de suas ideias e a inovação renova tudo antes mesmo de nos acostumarmos ao novo. Tudo é digital, rápido, mutável e VUCA: volátil, incerto, complexo e ambíguo.

Em relação ao nosso trabalho, uma mensagem tem ficado clara: tudo que é repetível, previsível e escalável será melhor executado por robôs. E cada vez que um robô aprende uma nova habilidade, centenas de milhares de pessoas precisam buscar novas formas de trabalho e renda.

Não a toa que o Fórum Econômico Mundial prevê que, até 2025, 50% da força de trabalho mundial vai precisar de novas habilidades para continuar no mercado.

Se isso não bastasse, existe mais um problema no ar: o absurdo de nossas escolas e universidades continuarem preparando profissionais para um mundo que não existe mais, um mundo previsível e rotineiro, que ficou no século XX.

E se tudo que é repetível, previsível e escalável não será feito por nós, humanos, então onde colocar o nosso desenvolvimento? Qual é o futuro profissional de todos nós?

Precisamos nos desenvolver de modo que não sejamos reféns da cascata tecnológica. Precisamos ir além e desenvolver as habilidades que nos formarão humanos com propósito, performance e prosperidade. Precisamos desenvolver as chamadas metaskills.

Habilidades de uma ordem maior, que permitem mais aprendizagem e desenvolvimento em qualquer âmbito, que permitem nosso crescimento independente da mudança de cenários e automação constante. Precisamos re-aprender a aprender, sentir, enxergar, sonhar, fazer e expressar.

  • 1. Sentir é a metaskill da intuição, empatia e inteligência emocional. A metaskill essencial para profissionais nas áreas de liderança, comunicação, negociação e que envolvem emoções. Por mais bizarro que seja, não aprendemos a sentir nem na escola e nem no trabalho.
  • 2. Ver é a habilidade de pensar holisticamente, sistemicamente, analisar por diferentes pontos e entender a complexidade. Essencial para quem trabalha com planejamento, análises, engenharia ou pesquisa. Necessária para formar opinião e tomar decisões num mundo não binário.
  • 3. Sonhar é a metaskill da imaginação, mas a imaginação aplicada! Essencial para artistas, empreendedores ou qualquer profissional que trabalhe com inovação. Nossa capacidade de divagar e imaginar foi reduzida pelas telas e precisamos traze-la à tona novamente.
  • 4. Fazer é o talento de desenhar, programar e empreender. A habilidade necessária para quem constrói qualquer tipo de produto, empresa ou programa. Fazer algo existir, em suas mais diferentes formas, é a metaskill do fazer.
  • 5. Expressão é a metaskill do relacionamento interpessoal. Ela envolve técnicas de comunicação não-violenta, escuta ativa, escrita criativa e storytelling. Esta metaskill envolve o falar, o ouvir, o escrever e o próprio design. Recentemente ganhou um plus de comunicação digital.
  • 6. Aprender é a habilidade do autodidatismo, do aprender a aprender. Necessária para qualquer pessoa que precise se atualizar com cenários e realidades em constante mudança (dica: todos nós) Esta habilidade é a chave para desenvolver qualquer outra.

E aí, quais estão mais desenvolvidas do seu lado? Quais estão menos? Se curtiu o conteúdo: dá aquele salve, manda pra quem pode curtir também e comenta o insight que surgiu enquanto você estava lendo. Bora viver e se desenvolver!

Juliana de Araujo

Especialista de conteúdo | Content Specialist | Content Marketing Technical Writer | Copywriter | Curadoria de Conteúdo | Revisora

1 a

Alô, Lucas Lima 💡 Cheguei aqui por um link mágico do The BRIEF, a news que me abre a mente todas as manhãs (às vezes, à tarde) e enche a minha cabeça de ideias, novidades e insights. E foi uma grata surpresa chegar aqui e receber tantas ideias de presente. Compartilhar aquilo que se aprende é a melhor forma de fixar e expandir o novo conteúdo. O cérebro 🧠 agradece!

Leonardo B Veloso

Professor / Empreendedor / Inovação / Startups / Ensino Médio

2 a

Muito bom Lucas Lima ! Vou usar e indicar! Veja isso Mauro Marques Ferreira Jr.

¨Jeberson¨ Santos

Gerente de Projetos em TI | Tech Leader | Consultor em Governança de TI | Segurança da Informação | Projetos Ágeis | Entusiasta de Tecnologias Disruptivas | Chiefs.Group Member

2 a

Pronto, encontrei meu ponto de reflexão para um domingão no sofá! Ótimo texto Lucas Lima ! 👏🏼

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